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Cidades/Geral
Quarta - 31 de Maio de 2006 às 09:36
Por: Nadja Vasques

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Equipes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) continuam hoje a fiscalização nos locais que comercializam de alimentos industrializadas para bebês, que muitas vezes, por estarem em promoção, por exemplo, atraem as mães e as desvirtuam da orientação de especialistas que é a de manter a criança somente no peito até os 6 meses de vida.

Segundo João Roberto Ferreira de Castro, especialista em regulação da Anvisa, a equipe está percorrendo supermercados, farmácias, lojas especializadas em crianças e de 1,99, para fazer aplicar norma brasileira, de 2002, que trata do assunto.

A intenção é terminar o dia de hoje com 27 estabelecimentos visitados, junto com a nutricionista Cleize Cibele Migueis Nunes, fiscal da Vigilância Sanitária de Cuiabá.

“Alimentos para crianças com 6 meses de idade ou menos não podem ser colocados em oferta e ao lado dos oferecidos para faixas etárias acima disso, em promoção, devem constar em local visível a mensagem do Ministério da Saúde, que adverte para a importância do leite materno”, explica o regulador da Anvisa.

Ontem de manhã, no supermercado Atacadão, loja do Porto, não foram encontradas irregularidades. O gerente Jeová Araújo afirma que já havia sido orientado pela matriz e adequou as prateleiras.

Além de comidas, como papinhas, a fiscalização checa também chupetas, bicos e mamadeiras, que também não podem entrar em oferta.

“Esses produtos industrializados basta dar uma vez para a criança largar a amamentação”, observa Nunes.

Na segunda-feira foram visitados os supermercados Modelo, Comper e Paulista, na avenida Fernando Corrêa, e o Big Lar do shopping Três Américas.

Aos infratores cabe multa de R$ 30 a 50 mil, de acordo com a norma.

Ainda conforme Nunes, a indústria da alimentação infantil e de produtos para bebês está crescendo em vendagem, porque tem tido muita lucratividade.

Isso se dá inclusive em decorrência do modelo moderno de vida, em que as mulheres enfrentam dupla jornada, têm pouco tempo para amamentar e os leitos em pó as favorecem neste corre-corre, porém não são, de acordo com o Ministério da Saúde, o melhor para o bebê.





Fonte: A Gazeta

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