Ibama/MT está falido e sucateado
Faltam cadeiras, mesas, armários, material de escritório, equipamentos de informática e veículos na maioria das 60 unidades do Estado. Por falta de dinheiro, algumas contam com carro mas estão sem combustível. O posto de Juína ficou sem telefone (e internet) por seis meses. A situação regularizou-se apenas no mês passado.
Outras localidades, como Cáceres (200 km de Cuiabá), Juara (697 km da Capital), Guarantã do Norte e Aripuanã, respectivamente a 633 e 1,2 mil km de Cuiabá, continuam na mesma situação, ainda que necessitem do serviço pontual e ostensivo de fiscalização. Cáceres fica próxima da fronteira com a Bolívia e Juara num pólo de madeireira, ambas com localização geográfica e extensão territorial superior à capacidade de atendimento adequada pelo Ibama, que dispõe de poucos veículos e o mínimo de funcionários.
A gerente de informática Almira Arruda, servidora do órgão há 27 anos e que faz parte do comando de greve, que dura 26 dias, diz que para não ficarem isolados, muitos servidores rateiam as despesas com telefone e pagam a manutenção do serviço do próprio bolso.
Ela afirma que existe um processo administrativo do ano passado solicitando reforma do posto do Trevo do Lagarto, onde começou o fogo, na tarde de segunda-feira. Os aceiros não foram feitos e não há local adequado para armazenar a madeira apreendida, faltam placas de identificação e desde o início da greve raramente aparecem funcionários.
Ontem de manhã ainda existiam focos de fogo no posto. A quantidade exata e a variedade de madeira não foi informada pelo superintendente do Ibama no Estado, Paulo Maier. Ele explica que todos os dias são apreendidos e levados para o local diversos tipos de material, em tora ou madeira serrada e inclusive as de boa qualidade.
"A perícia já está no local para fazer a identificação de tudo, também colocamos em prática o processo de rescaldo, para garantir que o fogo não volte".
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