Mato Grosso cria selo para valorizar produção
O projeto de marketing regional foi discutido ontem, na Secretaria de Desenvolvimento Rural, com representantes do setor de supermercadistas, técnicos do governo e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que encomendou a criação da marca à empresa Mercatto Comunicação Total.
Criado originalmente para valorizar o trabalho de pequenos produtores da Baixada Cuiabana em cinco agroindústrias, o projeto será ampliado para todo o Estado. O próximo passo será definir critérios de qualidade, política tributária para valorizar as empresas e estruturar o ganha tempo do empreendedor.
“Estamos indo ao encontro do empresário e não o empresário vir até o governo. Temos procurado identificar essas empresas para que elas possam ser fortalecidas”, disse o secretário de Desenvolvimento Rural, Clóves Vettoreato, referindo-se às “empresas âncoras” que possam comprar a produção dos pequenos produtores.
As “empresas âncoras”, explicou Vettorato, são parceiras do Programa MT Regional, que está promovendo o desenvolvimento e reduzindo as desigualdades regionais. “Estamos casando as indústrias âncoras com pequenos produtores da região. Nós temos que criar alguma coisa para valorizar a produção de Mato Grosso para criar o hábito de pelo menos as pessoas olhar o rótulo onde o produto é produzido”, argumentou o secretário.
EMPRESÁRIOS - A proposta do selo, que irá diferenciar o produto genuinamente mato-grossense, foi bem recebida por empresários e representantes da Associação de Supermercados de Mato Grosso (Asmat). “Somos parceiros e o Modelo está à disposição. Este projeto tem um grande cunho social”, disse Altevir Magalhães, da rede de supermercados Modelo e da Asmat.
O empresário, no entanto, fez questão de esclarecer “os gargalos da comercialização” existentes em Mato Grosso. Com a experiência de quem há sete anos já criou e comercializa uma marca regional (com a bandeira azul do Estado nos rótulos dos produtos), Altevir informou que faltam em Mato Grosso empresas comerciais e distribuidoras fortes. “Temos que definir quem é que devemos ajudar primeiro”, frisou o empresário.
Magalhães sugeriu a definição das empresas que irão usar o selo e formalizar parcerias com os supermercados. Este trabalho deverá ser feito pela Seder, propôs ele. “Sem envolvimento do Estado e dos municípios esse produto não anda”, ponderou o empresário, para quem é necessário, para tocar o projeto, a definição de escala de produção, logística e crédito.
Comentários