Municípios mobilizam população contra perigos do fumo
“O número de mortes causadas pelo tabagismo, em todo o mundo”, disse a coordenadora de Prevenção e Controle do Câncer da Secretaria de Estado de Saúde, Helen Curvo, “é de 5 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Dentro de 15 anos esse número saltará para 10 milhões caso não sejam tomadas medidas para conter a expansão do consumo”. Dos milhões de pessoas que morrem de câncer de pulmão, 90% são fumantes.
Em Mato Grosso o Programa de Controle de Tabagismo tem, no Hospital Universitário Júlio Muller, uma referencia no tratamento da doença. Os municípios de Sorriso e Rondonópolis estão em fase de implantação do programa. Helen Curvo ressaltou que a “parceria dos municípios é importante para a consolidação do programa e sua conseqüente ampliação para um número maior de usuários”.
A Secretaria de Estado de Saúde também está desenvolvendo, através da Coordenadoria de Prevenção e Controle do Câncer (COPCCA), uma pesquisa para realizar um levantamento estatístico em várias faixas etárias visando identificar como os adolescentes são introduzidos no consumo do cigarro e qual idade é a mais vulnerável ao tabagismo. “Esse ano queremos alcançar 25 escolas”, explicou Helen Curvo. “A pesquisa está em processo de licitação para treinamento de pessoal e, logo após, começa a coleta de dados. Já se sabe, por exemplo, que apenas 3% dos fumantes consegue largar o cigarro sem ajuda”.
A coordenadora informou que a CPCC está trabalhando na instalação de grupos de apoio para ajudar no combate ao tabagismo, promove palestras nas empresas e disponibiliza o tratamento médico quando verifica essa necessidade.
LEGISLAÇÃO – No Brasil a Lei 10.167, de dezembro de 2000, proibiu a publicidade dos derivados de tabaco em jornais, revistas, outdoors, rádios e outros meios de comunicação.
A Lei federal 9294, de 1996, proíbe o uso do fumo em ambientes fechados e exige que fumantes tenham áreas separadas dos não fumantes. Em casos de desobediência a Lei as Vigilâncias Sanitárias dos municípios podem ser acionadas para obrigar o transgressor a respeitar a proibição.
Entre as medidas tomadas até o momento, no país, determinadas por Leis federais, podem-se destacar as seguintes: é obrigatória a fixação dos limites máximos dos teores de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono para cigarros comercializados no Brasil, é proibido o uso de descritores de produtos como light, ultra light, suave, baixos teores, etc., é proibida a propaganda de produtos derivados do tabaco na mídia falada, escrita e eletrônica, é proibido o patrocínio de eventos culturais e esportivos pela indústria do tabaco, é proibido o uso do fumo em ambientes coletivos fechados, é obrigatória a inclusão de imagens e mensagens de advertência sobre os malefícios do fumo nos maços dos produtos derivados do tabaco comercializados no Brasil e é obrigatória a criação de taxa anual de registro de todos os produtos derivados do tabaco comercializados no Brasil, com a obrigatoriedade da informação por parte da indústria do fumo sobre a composição destes produtos.
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