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Cidades/Geral
Terça - 30 de Maio de 2006 às 08:18
Por: Edilson Almeida

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Mato Grosso precisa reduzir o atual índice de mortalidade materna. Hoje, esse número é duas vezes mais que a quantidade estabelecida como aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). São 61,2 mortes maternas para cada 100 mil nascimentos vivos, contra 20 mortes apenas estabelecida como tolerável. A necessidade de reduzir as mortes maternas foi a principal conclusão do II Fórum de Mobilização pela Redução da Mortalidade Materna, que aconteceu nesta segunda-feira, em Cuiabá. A regra do “esforço” foi proposta a “Carta de Intenção” que será entregue aos secretários de Estado de Saúde, Augustinho Moro; de Saúde de Cuiabá, Elias Nogueira, e de Várzea Grande, Arilson Arruda.

O documento expõe a contextualização da problemática mortalidade materna em Mato Grosso. Ele solicita aos poderes públicos a garantia do acesso, bem como a aplicação de políticas públicas que favoreçam a saúde da gestante e da criança com o objetivo de prestar assistência humanizada a parturiente e recém-nascido em Mato Grosso. Na rede hospitalar, também é solicitado aos poderes a efetivação da maternidade pública de referência estadual estruturada, a construção de “Casas da Gestante” anexas aos hospitais de referência para atendimento de alto risco, além de subsídios para a implantação dos Comitês Regionais de Mortalidade Materna.

O evento, segundo o superintendente de Atenção Integral à Saúde da SES, Victor Rodrigues, teve como intuito discutir a superação dos desafios e a melhoraria da qualidade e do acesso aos serviços de assistência à saúde da mulher durante a gestação, o parto e o puerpério. Para isso, Rodrigues destacou a importância da implantação dos Comitês de Mortalidade Materna e Infantil nos municípios do Estado.

“É nosso objetivo que os comitês sejam efetivados nos pólos regionais e nos municípios com mais de 70 mil habitantes. Os comitês são mais um instrumento para ajudar o Estado a nortear políticas públicas que ajudem nas ações de prevenção à mortalidade materna e infantil, alertando para a importância das consultas do pré-natal e do parto normal” – disse Rodrigues.

Conforme a presidente Estadual de Mortalidade Materna e Infantil de Mato Grosso, Dorvina de Figueiredo Costa Pereira, o fórum visou debater caminhos e propostas para enfrentar a mortalidade materna e infantil no Estado. Para isso, foram discutidas estratégias que possam evitar as mortes maternas como a vigilância da assistência profissional qualificada à mulher gestante, a investigação e a estratégia de análise do óbito materno. “Com a implantação dos comitês queremos diminuir a subnotificação e aumentar a investigação dos óbitos maternos, melhorando a qualidade do Sistema de Informações”, disse Dorvina Figueiredo.

Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde lança a campanha nacional de incentivo ao parto normal e redução da cesárea desnecessária. De acordo com os dados de 2004 do Sistema de Nascidos Vivos (Sinasc) do ministério 41,8% dos partos realizados em todo o Brasil foram cirúrgicos. Com a deflagração da campanha, o Ministério lembra o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, comemorados no último domingo.

A coordenadora da Sala da Mulher da Assembléia, Roseli Barbosa, lembrou que a redução da mortalidade materna é uma das metas estabelecidas durante o Fórum de Desenvolvimento do Milênio, articulado entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Assembléia Legislativa. “A morte materna tem um impacto social muito grande, pois deixam crianças órfãs e leva uma desagregação social e familiar, por isso, a responsabilidade pela redução da mortalidade materna é de todos nós”, disse.





Fonte: 24Horas News

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