Líder do PCC deve depor à CPI na penitenciária

O depoimento do líder do PCC, Marcos Camacho, o Marcola, à CPI do Tráfico de Armas não será realizado mais no Fórum de Barra Funda, em São Paulo, por questão de segurança. O local estava sendo estudado pela CPI após decisão de não trazer o criminoso até a Câmara dos Deputados.

Segundo o jornal Estado de S. Paulo, o governo paulista estaria negociando com integrantes da CPI para que o depoimento ocorra na penitenciária Presidente Bernardes, onde Marcola está preso sob Regime Disciplinar Diferenciado. A definição de dia e local do esperado depoimento deve sair até quinta-feira.

O presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), espera ouvir o preso na próxima semana. Na sexta-feira passada, a CPI solicitou alteração na data do depoimento, programado para os dias 6 e 7 de junho, no Fórum de São Paulo, pelo fato da coincidência com o julgamento de Suzane von Richthofen, acusada de envolvimento na morte dos pais.

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), encarregado da negociação com a Secretaria de Segurança Pública e a Justiça paulista sobre o depoimento do preso, concorda que não é prudente tirar um preso que está sob regime severo, montar aparato policial para sua transferência e paralisar atividades do fórum para que a CPI tome o depoimento.

Marcos Camacho é apontado como responsável pelo ordenamento dos ataques contra policiais que provocaram mais de 150 mortes em São Paulo.