Teixeira contesta informações sobre depoimento

A defesa do ex-gerente de factoring de João Arcanjo Ribeiro, Nilson Roberto Teixeira, contestou matéria veiculada sobre seu depoimento a promotores de justiça de São Paulo, na semana passada, como parte das investigações que apuram a morte do prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel.

No pedido de direito de resposta, o advogado Paulo Budóia anexou o teor do depoimento. Nele o ex-gerente disse aos promotores Roberto Wider Filho e Adriana de Morais que começou a trabalhar para o bicheiro em 1994, como gerente da factoring Confiança, transferida de Arcanjo para a offshore uruguaia Lyman, “que permaneceu uns seis meses no negócio. O declarante recebeu uma procuração da Lyman e no documento não constava quem lhe havia outorgado os poderes, não sabendo quem seria o dono”, traz o documento.

Teixeira disse que não conhecia os empresários de ônibus de Cuiabá e que estava certo de não ter havido nenhuma operação de vulto por parte deles nas factorings. Também informou que para realizar um cadastro nas empresas era necessária a apresentação do contrato social com sua última alteração e o CGC e que exigir demonstrativo de faturamento da empresa era extremamente raro. “O declarante, com base em sua experiência e analisando de forma genérica, não teria qualquer restrição a operar com empresas de transporte porque esse tipo de ramo tem liquidez”, consta no termo.

Sobre a existência de qualquer relação de Arcanjo com algum dos possíveis envolvidos no crime de Santo André, o ex-gerente disse que jamais ouviu falar de relacionamento dele com Antônio Palocci, Sérgio Gomes da Silva ou Ronan Maria Pinto. Quanto a ele, disse que conhecia as mesmas pessoas apenas pela mídia, da mesma forma que soube pela imprensa que documentos da empresa de Ronan foram localizados entre pertences de Arcanjo na operação Arca de Noé.

No dia em que prestou depoimento, Teixeira e seu advogado foram abordados pela imprensa na porta do Pascoal Ramos, mas não concederam entrevista.