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Economia
Segunda - 29 de Maio de 2006 às 19:28

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A inadimplência das empresas diminuiu em abril de 2006. Segundo o Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Jurídica, no quarto mês do ano, houve um recuo de 22,7% na inadimplência das pessoas jurídicas em relação a março de 2006. Em março, houve alta de 41,6%.

A inadimplência das empresas em abril, quando comparada com igual mês de 2005, aumentou 4,2%. Nos quatro primeiros meses de 2006, também foi observado um aumento na inadimplência das pessoas jurídicas, de 13,6%, na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado.

O estudo da Serasa divulgado nesta segunda-feira indicou também que os títulos protestados registraram a maior representatividade na inadimplência das empresas em abril, com a participação de 40,5%. No entanto, essa participação vem caindo a cada ano. Em abril de 2005, os títulos protestados tinham peso de 41,3%, na inadimplência das pessoas jurídicas.

O segundo índice na representatividade do indicador é o de cheques sem fundos, que em abril deste ano teve um peso de 39,8% na inadimplência das empresas e vem crescendo a cada ano. Em abril de 2005, a participação dos cheques sem fundos foi de 39,1%.

As dívidas com os bancos registraram o menor peso na inadimplência das pessoas jurídicas, de 19,6% em abril de 2005, ligeiramente inferior à participação de abril de 2006, que foi de 19,7%.

No acumulado de janeiro a abril de 2006, o valor médio dasanotações de títulos protestados das pessoas jurídicas atingiu R$ 1.367,62. Já o de cheques sem fundos, R$ 1.270,59 e o valor médio das dívidas registradas com os bancos foi de R$ 3.400,77.

Em relação ao primeiro quadrimestre de 2005, houve um aumento de 6,7% no valor médio das dívidas com cheques sem fundos e de 2,8% no valor médio das dívidas com os bancos. O valor médio dos títulos protestados, no entanto, nos quatro meses de 2006, foi 2,9% menor que no mesmo período de 2005.

De acordo com a Serasa, a queda na inadimplência das empresas, observada na relação abril de 2006 com março de 2006, deve-se à base comparativa elevada. A ocorrência do Carnaval no final de fevereiro causou um efeito-calendário em março, com grande volume de títulos não pagos em fevereiro anotados no mês seguinte, o que inflou o indicador no terceiro mês de 2006.

Já o aumento do índice nas comparações interanuais, abril de 2006 com o mesmo mês de 2005, e no primeiro quadrimestre de 2006 com igual período do ano passado, está relacionado à dificuldade enfrentada pelas empresas com as elevadas taxas de juros e com a valorização do real. Além disso, a inadimplência dos consumidores também impacta nas empresas que concedem crédito sem metodologia adequada.





Fonte: RMT Online

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