Advogado de Edemar leva objetos pessoais à PF, mas não vê cliente
O ex-controlador do Banco Santos foi preso na última sexta-feira por policiais federais em sua casa sob a acusação de ocultar o destino de suas obras de arte que estão fora do país, tentar obstruir a Justiça e esconder peças de sua coleção.
O Banco Santos sofreu intervenção do Banco Central (BC), em 12 de novembro de 2004, após verificação de que a instituição não cumpria normas básicas do BC, como o recolhimento compulsório sobre os depósitos de clientes.
No último sábado, Malheiros entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 3ª Região para tirar o ex-banqueiro da prisão.
O pedido foi recebido pela desembargadora federal Ana Maria Pimentel, que estava de plantão no final de semana.
Até o fechamento desta edição, Pimentel não havia encerrado análise do processo, que pode ser distribuído, por sorteio, nesta segunda-feira, a outro desembargador no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
Malheiros Filho alega que não faz sentido a argumentação do juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal, que decretou a prisão preventiva de Ferreira, de que a manutenção do ex-banqueiro em liberdade representa uma ameaça à ordem pública.
"A prisão é ilegal. A prisão preventiva, ou seja, sem julgamento, só é cabível contra alguém que ameaça a sociedade ou o processo, o que não é o caso do Edemar, que foi preso na casa dele, no momento em que um oficial de Justiça disse que estaria lá para intimá-lo."
Os advogados de Ferreira afirmam que o ex-banqueiro comparecia a todos os atos do processo e que estava sempre em casa à disposição da Justiça.
Malheiros diz que não conseguiu conversar com seu cliente no final de semana na prisão, o que pretende fazer hoje, mas acredita que ele está sozinho numa cela e passa bem.
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