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Bento 16 visita Auschwitz e cumprimenta sobreviventes
O papa Bento 16 visitou o campo de Auschwitz, neste domingo, na condição de "filho da Alemanha". Lá, ele se encontrou com sobreviventes, rezou junto a um paredão de execuções e à cela da fome, onde morreram parte das 1,5 milhão de vítimas.
O papa, de 79 anos, passou sob a mensagem exibida no portão de entrada, "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta), para um giro pelo principal campo de Auschwitz, o complexo a serviço da "Solução Final" de Adolf Hitler para acabar com os judeus da Europa.
Expressão solene, entre as construções de tijolos, o papa orou e acendeu uma vela no Muro dos Mortos, local de execuções, e cumprimentou 32 sobreviventes que, enfileirados, usavam cachecóis com as faixas brancas e azuis do uniforme dos prisioneiros.
Muitos sobreviventes poloneses católicos beijaram o anel papal. Quando Bento 16 encontrou o sobrevivente alemão judeu Henryk Mandelbaum, ele o beijou nos dois lados da face.
Na cela da fome, onde um padre polonês morreu depois de se voluntariar para salvar a vida de um homem de família, o papa afirmou em latim: "São Maximiliano Kolbe, rezai por nós". O seu antecessor, João Paulo 2o, tornou Kolbe santo em 1982.
O papa Bento 16 iniciara o último dos quatro dias da sua visita à Polônia com uma grande missa na Cracóvia. O evento foi, contudo, afetado pelas notícias do ataque contra o principal rabino da Polônia, Michael Schudrich, em Varsóvia, no sábado. O jovem agressor gritava "A Polônia para os poloneses!".
Estava previsto que Schudrich rezaria com o papa neste domingo.
Relembrando que João Paulo 2o havia visitado o antigo campo nazista em 1979, Joaquín Navarro-Valls, porta-voz do Vaticano, afirmou à imprensa no sábado que "João Paulo veio a Auschwitz como um filho do povo polonês, e Bento 16 está vindo como o filho do povo alemão".
Depois do campo principal, o papa rezou na seção de onde os judeus eram levados de trem diretamente para a morte em câmaras de gás.
TEMAS COMPLEXOS
A visita do papa trouxe à tona temas complexos das relações entre católicos e judeus e entre poloneses e alemães.
O simbolismo foi intensificado pelo fato de o papa ter de forma involuntária se registrado na organização de juventude ligada a Hitler e depois servido às Forças Armadas no fim da Segunda Guerra Mundial.
Bento 16, que esteve em Auschwitz com João Paulo 2o em 1979, afirmou ter visto trabalho escravo durante o seu período de serviço militar e que a brutalidade do nazismo o ajudou na decisão de ser padre.
Em Varsóvia, o Ministério do Interior afirmou estar procurando pelo homem de 25 anos que atacou o rabino norte-americano de origem Schudrich, de 50 anos. Segundo do governo, o incidente de sábado pode haver sido ua "provocação com o objetivo de criar um imagem da Polônia como um país anti-semita".
No domingo pela manhã, na missa para mais de 900 mil pessoas, o papa em seu sermão fizera um apelo para que a Polônia "dividisse com outros povos do mundo o tesouro da sua fé".
Muitos na multidão foram às lágrimas. "Depois da morte de João Paulo, eu pensei que o milagre de um papa vir à Polônia não se repetiria", afirmou Danuta Latowska, 27 anos.
Expressão solene, entre as construções de tijolos, o papa orou e acendeu uma vela no Muro dos Mortos, local de execuções, e cumprimentou 32 sobreviventes que, enfileirados, usavam cachecóis com as faixas brancas e azuis do uniforme dos prisioneiros.
Muitos sobreviventes poloneses católicos beijaram o anel papal. Quando Bento 16 encontrou o sobrevivente alemão judeu Henryk Mandelbaum, ele o beijou nos dois lados da face.
Na cela da fome, onde um padre polonês morreu depois de se voluntariar para salvar a vida de um homem de família, o papa afirmou em latim: "São Maximiliano Kolbe, rezai por nós". O seu antecessor, João Paulo 2o, tornou Kolbe santo em 1982.
O papa Bento 16 iniciara o último dos quatro dias da sua visita à Polônia com uma grande missa na Cracóvia. O evento foi, contudo, afetado pelas notícias do ataque contra o principal rabino da Polônia, Michael Schudrich, em Varsóvia, no sábado. O jovem agressor gritava "A Polônia para os poloneses!".
Estava previsto que Schudrich rezaria com o papa neste domingo.
Relembrando que João Paulo 2o havia visitado o antigo campo nazista em 1979, Joaquín Navarro-Valls, porta-voz do Vaticano, afirmou à imprensa no sábado que "João Paulo veio a Auschwitz como um filho do povo polonês, e Bento 16 está vindo como o filho do povo alemão".
Depois do campo principal, o papa rezou na seção de onde os judeus eram levados de trem diretamente para a morte em câmaras de gás.
TEMAS COMPLEXOS
A visita do papa trouxe à tona temas complexos das relações entre católicos e judeus e entre poloneses e alemães.
O simbolismo foi intensificado pelo fato de o papa ter de forma involuntária se registrado na organização de juventude ligada a Hitler e depois servido às Forças Armadas no fim da Segunda Guerra Mundial.
Bento 16, que esteve em Auschwitz com João Paulo 2o em 1979, afirmou ter visto trabalho escravo durante o seu período de serviço militar e que a brutalidade do nazismo o ajudou na decisão de ser padre.
Em Varsóvia, o Ministério do Interior afirmou estar procurando pelo homem de 25 anos que atacou o rabino norte-americano de origem Schudrich, de 50 anos. Segundo do governo, o incidente de sábado pode haver sido ua "provocação com o objetivo de criar um imagem da Polônia como um país anti-semita".
No domingo pela manhã, na missa para mais de 900 mil pessoas, o papa em seu sermão fizera um apelo para que a Polônia "dividisse com outros povos do mundo o tesouro da sua fé".
Muitos na multidão foram às lágrimas. "Depois da morte de João Paulo, eu pensei que o milagre de um papa vir à Polônia não se repetiria", afirmou Danuta Latowska, 27 anos.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/298334/visualizar/
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