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Falta água e comida em Java, enquanto resgate de vítimas continua
As equipes de resgate continuam buscando sobreviventes após o forte terremoto que causou a morte de mais de 3.700 pessoas na ilha indonésia de Java, enquanto começam a faltar comida e água potável nas áreas mais afetadas.
O Escritório do Governador de Bantul informou que o número de mortos chega, até o momento, a 3.735 pessoas.
Em alguns bairros da cidade de Bantul apenas uma de cada dez casas ficou de pé após o terremoto de 6,2 graus na escala Richter, o mais intenso das últimas décadas na área, ocorrido pouco depois do amanhecer de sábado.
"O resgate de sobreviventes é a principal prioridade", disse o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, que se encontra na cidade javanesa de Yogyakarta para supervisionar as tarefas de emergência.
"Ainda há muitas chances de salvar vidas, desde ontem há mais de 500 pessoas trabalhando, entre o Exército, a Cruz Vermelha e voluntários", disse à Efe Heri Nero, responsável por uma das equipes de resgate em Yogyakarta.
"Esperamos que hoje cheguem equipes de Jacarta e, talvez, algumas de outros países", acrescentou Nero.
As equipes de resgate retiram também os cadáveres daqueles que não conseguiram sair a tempo de suas casas e ficaram sepultados sob os escombros. Nas últimas horas, parentes, vizinhos e amigos começaram a enterrar centenas de vítimas em valas comuns, à medida que os cadáveres eram recuperados.
Ao longo de ruas se destacam entre as ruínas restos de colchões, móveis, roupas, bicicletas, brinquedos e instrumentos musicais.
"Esta era uma casa de cultura onde eram feitas apresentações de marionetes de sombras", indicou seu proprietário, Fendi Prayena, ao assinalar os restos de um instrumento musical indonésio que acompanha estas populares representações.
"O terremoto foi muito rápido, a casa começou a se movimentar de um lado para o outro, saímos correndo e vimos como vinha abaixo sem que pudéssemos fazer nada", explicou Prayena.
Desde a tragédia, Prayena, que compartilha um abrigo improvisado com plásticos e varas de bambu, comeu apenas macarrão instantâneo.
"Por enquanto, vamos construir algo que sirva a toda a comunidade e depois começaremos a limpar nossa casa e a construir outra, nova", acrescentou.
O Governo indonésio calcula que há umas 200 mil pessoas desabrigadas.
A menos de um quilômetro da casa de Prayena, um grupo de moradores pede dinheiro na rua.
"Ainda não recebemos comida nem água e é difícil conseguir gasolina para locomover-se", indicou Yuli, de 30 anos.
"Mas madeira para cozinhar temos muita", brinca ao apontar para os telhados derrubados a seu ao redor.
O aeroporto de Yogyakarta, a capital provincial, permanece fechado devido aos danos sofridos em uma das partes da pista. Por este motivo, a ajuda tem que ser desviada ao aeroporto de Solo e depois transportada por estrada.
"As 36 próximas horas serão um pesadelo logístico", disse à Efe o responsável pela resposta de emergência regional das Nações Unidas, Puji Pujiono.
Além da distribuição de comida, água potável e barracas, Pujiono destacou que também são necessários medicamentos e equipes médicas.
Os centros de saúde de Yogyakarta estão lotados devido à catástrofe. Vários pacientes do hospital Muhammadiyah, no centro de Yogyakarta, queixaram-se de ter que comprar seu próprio soro devido à escassez, algo que os médicos do centro negaram.
Além de soro, são necessários antibióticos, anestésicos, material cirúrgico, analgésicos e gazes.
"Necessitamos de quase de tudo, não temos madeira nem para fazer talas e estamos utilizando papelões", ressaltou Gunawan, um dos médicos de emergência, enquanto atendia uma paciente idosa com uma fratura no tornozelo.
O ruído das ambulâncias é constante por toda a cidade e feridos continuam chegando.
No entanto, mais da metade das pessoas atendidas já recebeu alta e os que continuam internados já não temem estar sob um teto, porque a magnitude dos tremores secundários diminuiu.
"Agora já estamos tranqüilos, os terremotos são pequenos", diz Purbonoto, um residente de Bantul que recebeu vários pontos na cabeça.
Rindo, dá uma peculiar versão para o choque das placas tectônicas: "Os tremores são provocados por peixes muito grandes, que se chocam no fundo do mar".
Em alguns bairros da cidade de Bantul apenas uma de cada dez casas ficou de pé após o terremoto de 6,2 graus na escala Richter, o mais intenso das últimas décadas na área, ocorrido pouco depois do amanhecer de sábado.
"O resgate de sobreviventes é a principal prioridade", disse o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, que se encontra na cidade javanesa de Yogyakarta para supervisionar as tarefas de emergência.
"Ainda há muitas chances de salvar vidas, desde ontem há mais de 500 pessoas trabalhando, entre o Exército, a Cruz Vermelha e voluntários", disse à Efe Heri Nero, responsável por uma das equipes de resgate em Yogyakarta.
"Esperamos que hoje cheguem equipes de Jacarta e, talvez, algumas de outros países", acrescentou Nero.
As equipes de resgate retiram também os cadáveres daqueles que não conseguiram sair a tempo de suas casas e ficaram sepultados sob os escombros. Nas últimas horas, parentes, vizinhos e amigos começaram a enterrar centenas de vítimas em valas comuns, à medida que os cadáveres eram recuperados.
Ao longo de ruas se destacam entre as ruínas restos de colchões, móveis, roupas, bicicletas, brinquedos e instrumentos musicais.
"Esta era uma casa de cultura onde eram feitas apresentações de marionetes de sombras", indicou seu proprietário, Fendi Prayena, ao assinalar os restos de um instrumento musical indonésio que acompanha estas populares representações.
"O terremoto foi muito rápido, a casa começou a se movimentar de um lado para o outro, saímos correndo e vimos como vinha abaixo sem que pudéssemos fazer nada", explicou Prayena.
Desde a tragédia, Prayena, que compartilha um abrigo improvisado com plásticos e varas de bambu, comeu apenas macarrão instantâneo.
"Por enquanto, vamos construir algo que sirva a toda a comunidade e depois começaremos a limpar nossa casa e a construir outra, nova", acrescentou.
O Governo indonésio calcula que há umas 200 mil pessoas desabrigadas.
A menos de um quilômetro da casa de Prayena, um grupo de moradores pede dinheiro na rua.
"Ainda não recebemos comida nem água e é difícil conseguir gasolina para locomover-se", indicou Yuli, de 30 anos.
"Mas madeira para cozinhar temos muita", brinca ao apontar para os telhados derrubados a seu ao redor.
O aeroporto de Yogyakarta, a capital provincial, permanece fechado devido aos danos sofridos em uma das partes da pista. Por este motivo, a ajuda tem que ser desviada ao aeroporto de Solo e depois transportada por estrada.
"As 36 próximas horas serão um pesadelo logístico", disse à Efe o responsável pela resposta de emergência regional das Nações Unidas, Puji Pujiono.
Além da distribuição de comida, água potável e barracas, Pujiono destacou que também são necessários medicamentos e equipes médicas.
Os centros de saúde de Yogyakarta estão lotados devido à catástrofe. Vários pacientes do hospital Muhammadiyah, no centro de Yogyakarta, queixaram-se de ter que comprar seu próprio soro devido à escassez, algo que os médicos do centro negaram.
Além de soro, são necessários antibióticos, anestésicos, material cirúrgico, analgésicos e gazes.
"Necessitamos de quase de tudo, não temos madeira nem para fazer talas e estamos utilizando papelões", ressaltou Gunawan, um dos médicos de emergência, enquanto atendia uma paciente idosa com uma fratura no tornozelo.
O ruído das ambulâncias é constante por toda a cidade e feridos continuam chegando.
No entanto, mais da metade das pessoas atendidas já recebeu alta e os que continuam internados já não temem estar sob um teto, porque a magnitude dos tremores secundários diminuiu.
"Agora já estamos tranqüilos, os terremotos são pequenos", diz Purbonoto, um residente de Bantul que recebeu vários pontos na cabeça.
Rindo, dá uma peculiar versão para o choque das placas tectônicas: "Os tremores são provocados por peixes muito grandes, que se chocam no fundo do mar".
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/298413/visualizar/
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