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Internacional
Sábado - 27 de Maio de 2006 às 18:00

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O candidato nacionalista à Presidência Ollanta Humala prometeu no sábado libertar o Peru de séculos de discriminação racial, mas jurou não colocar em risco políticas econômicas que fizeram do país um dos maiores exportadores de minerais. Comparando o Peru a um restaurante, onde estrangeiros controlam a cozinha e o caixa, o ex-comandante do exército disse que é hora de acabar com o "sequestro da minha nação pelas companhias multinacionais" e ajudar os peruanos pobres.

"Nós queremos levantar a bandeira no Peru livre, livre de opressão dos poderosos que não resolvem os problemas deste país", disse Humala à Reuters em uma entrevista em sua casa em um bairro de classe média de Lima.

Pregando a revolução econômica e o nacionalismo, Humala ficou em primeiro lugar entre os 20 candidatos do primeiro turno, mas pesquisas o colocam bem atrás do ex-presidente de centro-esquerda Alan García para as eleições de 4 de junho.

Humala, que nunca foi eleito para um cargo administrativo, tem sido prejudicado por preocupações de que ele é extremista, possivelmente anti-democrático e muito próximo ao presidente venezuelano Hugo Chávez.

"Eu quero unir a nossa sociedade. Eu quero acabar com a discriminação racial e acabar com os privilégios que o seu nome ou o seu dinheiro podem comprar", disse Humala.

García lidera as pesquisas com 59,9 por cento contra 40,1 por cento de Humala, de acordo com resultados de uma pesquisa divulgados no domingo. García é visto como um candidato pró-mercado apesar de seu governo de 1985-1990 ter causado hiperinflação e escassez de comida.

Humala disse que seus planos de dar maior controle ao Estado sobre a mineração e energia não vão colocar em risco o modelo econômico que ajudou o Peru a aumentar o seu Produto Interno Bruto em 7 por cento em 2005.

"Eu sou um democrata... Eu não vou prejudicar a rentabilidade da nossa economia, do setor de mineração. Mas eu quero que o Estado participe... nós vamos renegociar os contratos que estão prejudicando o nosso país", disse Humala.





Fonte: Reuters

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