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Menina iraquiana descreve o massacre de sua família pelos EUA
Uma menina iraquiana de 10 anos descreveu, em uma entrevista ao jornal "The Times" publicada hoje, como tropas americanas mataram sua família em um massacre que é investigado pelos EUA e no qual morreram 24 civis no povoado de Haditha, 200 quilômetros ao noroeste de Bagdá.
Nas declarações, Imame Hassan conta como soldados dos EUA invadiram sua casa e dispararam contra vários membros de sua família enquanto ela e seu irmão Abdul Rahman permaneciam imóveis em um canto da sala.
A Administração americana investiga atualmente a morte de mais de 20 civis iraquianos em 19 de novembro de 2005 em Haditha. A operação aconteceu depois que um soldado dos EUA, Miguel Terrazas, de 20 anos, morreu em um atentado numa estrada.
Inicialmente, o Corpo de Fuzileiros Navais informou que as mortes haviam sido causadas por uma bomba detonada perto de uma patrulha, que gerou um tiroteio com insurgentes.
No entanto, as imagens gravadas enviadas há alguns meses por um jovem jornalista iraquiano à revista americana "Times" revelaram uma versão diferente dos fatos. A fita mostra a casa da família Hassan cheia de corpos com ferimentos à queima-roupa e as paredes ensangüentadas.
Em entrevista ao jornal britânico, Imame Hassan conta como os soldados entraram em sua casa por volta das 7h, 15 minutos depois de explodir a bomba que matou Terrazas.
A menina estava de pijama, preparando-se para ir para o colégio.
Seu pai rezava e seus avós estavam na cama quando os militares entraram na casa aparentemente em busca de rebeldes.
A menina conta que apanharam seu pai e depois lançaram uma granada dentro do quarto de seus avós. Ela viu sua mãe ser atingida por tiros de metralhadora e sua tia fugir da casa com um bebê.
Os soldados abriram fogo na sala, onde se reuniu a maior parte da família. Seu tio Rashid conseguiu escapar, mas os soldados o seguiram e o mataram a tiros, relata Imame.
"Todos os que estavam na casa foram assassinados pelos americanos, exceto meu irmão Abdul Rahman e eu. Estávamos muito assustados para nos mexermos e tentamos nos esconder atrás de uma almofada", explica a menina.
"A metralhadora me machucou na perna. Por duas horas, não nos atrevemos a nos mexer. Minha família não morreu imediatamente, os ouvimos agonizar", prossegue a criança.
De acordo com Imame, morreram seu avô Abdul Hamid Hassan, sua avó Khamisa, seu pai Walid, sua mãe, seu tio Mujahid, seu tio Rashid e seu primo Abdullah, de 4 anos.
O jornal "The Times" destaca que as investigações preliminares apontaram que, entre os civis iraquianos mortos em Haditha, estavam cinco homens que viajavam em um táxi e pelo menos sete mulheres e três crianças.
O jornal explica que uma unidade militar dos EUA participou do enterro dos membros da família de Imame Hassan como gesto de desculpa.
Muhammed Abed, primo da menina, declarou ao jornal que, há dois meses, um grupo de americanos retornou à área para perguntar sobre o fato, tirar fotografias e pagar US$ 2.500 como indenização por cada vítima.
Nas declarações, Imame Hassan conta como soldados dos EUA invadiram sua casa e dispararam contra vários membros de sua família enquanto ela e seu irmão Abdul Rahman permaneciam imóveis em um canto da sala.
A Administração americana investiga atualmente a morte de mais de 20 civis iraquianos em 19 de novembro de 2005 em Haditha. A operação aconteceu depois que um soldado dos EUA, Miguel Terrazas, de 20 anos, morreu em um atentado numa estrada.
Inicialmente, o Corpo de Fuzileiros Navais informou que as mortes haviam sido causadas por uma bomba detonada perto de uma patrulha, que gerou um tiroteio com insurgentes.
No entanto, as imagens gravadas enviadas há alguns meses por um jovem jornalista iraquiano à revista americana "Times" revelaram uma versão diferente dos fatos. A fita mostra a casa da família Hassan cheia de corpos com ferimentos à queima-roupa e as paredes ensangüentadas.
Em entrevista ao jornal britânico, Imame Hassan conta como os soldados entraram em sua casa por volta das 7h, 15 minutos depois de explodir a bomba que matou Terrazas.
A menina estava de pijama, preparando-se para ir para o colégio.
Seu pai rezava e seus avós estavam na cama quando os militares entraram na casa aparentemente em busca de rebeldes.
A menina conta que apanharam seu pai e depois lançaram uma granada dentro do quarto de seus avós. Ela viu sua mãe ser atingida por tiros de metralhadora e sua tia fugir da casa com um bebê.
Os soldados abriram fogo na sala, onde se reuniu a maior parte da família. Seu tio Rashid conseguiu escapar, mas os soldados o seguiram e o mataram a tiros, relata Imame.
"Todos os que estavam na casa foram assassinados pelos americanos, exceto meu irmão Abdul Rahman e eu. Estávamos muito assustados para nos mexermos e tentamos nos esconder atrás de uma almofada", explica a menina.
"A metralhadora me machucou na perna. Por duas horas, não nos atrevemos a nos mexer. Minha família não morreu imediatamente, os ouvimos agonizar", prossegue a criança.
De acordo com Imame, morreram seu avô Abdul Hamid Hassan, sua avó Khamisa, seu pai Walid, sua mãe, seu tio Mujahid, seu tio Rashid e seu primo Abdullah, de 4 anos.
O jornal "The Times" destaca que as investigações preliminares apontaram que, entre os civis iraquianos mortos em Haditha, estavam cinco homens que viajavam em um táxi e pelo menos sete mulheres e três crianças.
O jornal explica que uma unidade militar dos EUA participou do enterro dos membros da família de Imame Hassan como gesto de desculpa.
Muhammed Abed, primo da menina, declarou ao jornal que, há dois meses, um grupo de americanos retornou à área para perguntar sobre o fato, tirar fotografias e pagar US$ 2.500 como indenização por cada vítima.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/298590/visualizar/
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