Libertação de criminosos de centros psiquiátricos gera polêmica

O Ministério britânico do Interior se viu envolvido em uma nova polêmica, após a revelação, feita pelo jornal "The Sun", de que 500 supostos criminosos estrangeiros com doenças mentais foram libertados dos centros psiquiátricos onde eram mantidos sem que sua deportação tivesse sido estudada.

Segundo o jornal sensacionalista, os suspeitos, entre os quais aparentemente há estupradores, pedófilos e assassinos, foram libertados dos hospitais ingleses de alta segurança de Broadmoor, Rampton e Ashworth.

O "The Sun" afirma que pelo menos 250 destes indivíduos poderiam ser deportados imediatamente, enquanto outros poderiam sê-lo no caso de expiração do visto de residência.

O jornal assinala que o ministro do Interior, John Reid, conhece a situação e ordenou à Polícia que localize os suspeitos, a maioria dos quais não chegou a ser condenada, mas deveria permanecer nos hospitais até que seu estado de saúde melhorasse e não supusesse um risco para o público.

Um porta-voz do ministério disse que o ministro já informou ao Parlamento sobre o caso, e que atualmente se investiga o status migratório dos estrangeiros libertados para ver se podem ser deportados a seus países.

Há algumas semanas, o Ministério do Interior também foi alvo de críticas ao se revelar que mais de mil delinqüentes estrangeiros que tinham cumprido condenação no Reino Unido foram postos em liberdade sem que sua deportação fosse estudada e sem que as autoridades os tivessem localizado.

Esse caso provocou a substituição do ministro do Interior Charles Clarke por John Reid no princípio deste mês.

Nos últimos dias, o ministério voltou a ser notícia ao se revelar a detenção de cinco imigrantes ilegais que trabalhavam como limpadores nos escritórios do Departamento de Imigração.