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Soldados podem ser processados por mortes no Iraque
Marines norte-americanos podem sofrer processos criminais por seu envolvimento na morte de mais de 20 civis iraquianos na cidade de Haditha, em novembro de 2005, segundo um funcionário do Departamento de Defesa.
Um inquérito do Serviço Naval de Investigações Criminais, responsável por crimes cometidos por marines, não está pronto e não há decisão final sobre as acusações a serem feitas, disse esse funcionário, sob anonimato.
Mas, segundo o jornal Los Angeles Times, os investigadores devem apresentar acusações de homicídio doloso, homicídio por negligência, prevaricação e falsidade ideológica.
O incidente de Haditha (140 quilômetros a noroeste de Bagdá) aconteceu em 19 de novembro. Segundo os militares, 15 civis morreram, mas na semana passada um influente parlamentar republicano disse que foram 24.
O jornal disse que o inquérito apontou responsabilidades de 12 marines. Os militares teriam matado civis desarmados, inclusive mulheres e crianças, e teriam tentado ocultar o incidente, depois de um colega seu ser morto por uma bomba. Inicialmente, os marines disseram que essa mesma bomba havia matado 15 civis.
Eric Ruff, assessor de imprensa do Pentágono, não quis comentar as conclusões ou as possíveis acusações. Segundo ele, os investigadores estão "rumando para o final" do inquérito, mas que por enquanto não há nada de relevante.
Um vídeo feito após as mortes, entregue em março à Reuters pela Organização Hammurabi para o Monitoramento dos Direitos Humanos e da Democracia, do Iraque, mostra cadáveres alinhados no necrotério local, todos com ferimentos a bala no peito e na cabeça.
Aparecem também casas crivadas de balas, pedaços de carne humana, poças de sangue, roupas e panelas espalhadas pelo chão. Os moradores dizem que os marines cometeram uma chacina.
Os militares disseram em abril que os comandantes de um batalhão e de duas companhias envolvidas no incidente foram afastados.
Comandantes dos marines prestaram nos últimos dias depoimentos no Congresso sobre a investigação de Haditha e sobre o papel de vários soldados dos EUA na morte de um civil no mês passado no Iraque.
Na semana passada, o deputado democrata John Murtha, marine reformado, disse a respeito do incidente de Haditha: "Nossas tropas exageraram por causa da pressão sobre eles e mataram civis inocentes a sangue frio, e é isso que o relatório dirá".
Há 21 mil marines no Iraque, numa das regiões mais violentas do país. Mais de 700 deles já morreram desde o começo da guerra, em 2003.
O general Michael Hagee, comandante dos marines, viajou na quinta-feira ao Iraque para uma série de reuniões com seus subordinados para enfatizar a necessidade de respeitar as leis da guerra, as Convenções de Genebra e as regras militares.
Mas, segundo o jornal Los Angeles Times, os investigadores devem apresentar acusações de homicídio doloso, homicídio por negligência, prevaricação e falsidade ideológica.
O incidente de Haditha (140 quilômetros a noroeste de Bagdá) aconteceu em 19 de novembro. Segundo os militares, 15 civis morreram, mas na semana passada um influente parlamentar republicano disse que foram 24.
O jornal disse que o inquérito apontou responsabilidades de 12 marines. Os militares teriam matado civis desarmados, inclusive mulheres e crianças, e teriam tentado ocultar o incidente, depois de um colega seu ser morto por uma bomba. Inicialmente, os marines disseram que essa mesma bomba havia matado 15 civis.
Eric Ruff, assessor de imprensa do Pentágono, não quis comentar as conclusões ou as possíveis acusações. Segundo ele, os investigadores estão "rumando para o final" do inquérito, mas que por enquanto não há nada de relevante.
Um vídeo feito após as mortes, entregue em março à Reuters pela Organização Hammurabi para o Monitoramento dos Direitos Humanos e da Democracia, do Iraque, mostra cadáveres alinhados no necrotério local, todos com ferimentos a bala no peito e na cabeça.
Aparecem também casas crivadas de balas, pedaços de carne humana, poças de sangue, roupas e panelas espalhadas pelo chão. Os moradores dizem que os marines cometeram uma chacina.
Os militares disseram em abril que os comandantes de um batalhão e de duas companhias envolvidas no incidente foram afastados.
Comandantes dos marines prestaram nos últimos dias depoimentos no Congresso sobre a investigação de Haditha e sobre o papel de vários soldados dos EUA na morte de um civil no mês passado no Iraque.
Na semana passada, o deputado democrata John Murtha, marine reformado, disse a respeito do incidente de Haditha: "Nossas tropas exageraram por causa da pressão sobre eles e mataram civis inocentes a sangue frio, e é isso que o relatório dirá".
Há 21 mil marines no Iraque, numa das regiões mais violentas do país. Mais de 700 deles já morreram desde o começo da guerra, em 2003.
O general Michael Hagee, comandante dos marines, viajou na quinta-feira ao Iraque para uma série de reuniões com seus subordinados para enfatizar a necessidade de respeitar as leis da guerra, as Convenções de Genebra e as regras militares.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/298684/visualizar/
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