Sanguessuga: 29 estão presos em Cuiabá. PF procura outros 19
As pessoas que foram recapturadas ontem pela PF e as que ainda são procuradas fazem parte de uma nova operação para prender os envolvidos na compra de ambulâncias superfaturadas e que haviam sido soltas por conta de decisão da justiça. Na quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal revogou a decisão e manteve as prisões. A Operação Sanguessuga foi deflagrada pela PF no início do mês. Além de ex-deputados, a operação prendeu servidores públicos e assessores parlamentares. Eles são acusados de crimes contra a ordem tributária, formação de quadrilha, fraude em licitação e corrupção ativa e passiva.
O esquema, que teria movimentado R$ 110 milhões, começava no Congresso Nacional, durante a votação de emendas parlamentares ao Orçamento da União, para a compra de ambulâncias nos municípios. A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu investigar 16 dos 63 deputados mencionados no documento da Justiça Federal, mas, em depoimento à PF, a ex-assessora do ministério da Saúde Maria da Penha Lino disse haver uma lista com os nomes de 283 parlamentares envolvidos com a Planam, empresa apontada como responsável pelo esquema de fraude.
Nesta semana, os presidentes da Câmara, Aldo Rebelo, e do Senado, Renan Calheiros, decidiram aguardar o resultado das apurações na Procuradoria-Geral da República para depois, com a denúncia em mãos, investigar os supostos envolvidos na compra fraudulenta de ambulância com recursos de emendas parlamentares. A decisão teve o apoio dos corregedores da Câmara, Ciro Nogueira, e do Senado, Romeu Tuma.
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