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Cidades/Geral
Sexta - 26 de Maio de 2006 às 07:31
Por: Silvana Ribas

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O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Júlio Campos, determinou a realização de uma auditoria especial para avaliar a aplicação do dinheiro público pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá. A decisão foi tomada em razão da matéria publicada pelo Jornal A Gazeta, na edição de domingo dia 21, com denúncias sobre a existência de uma máfia que "vende" cirurgias ortopédicas dentro do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC).

Segundo Campos, o orçamento da secretaria é de R$ 155,9 milhões, dos quais R$ 76 milhões são destinados ao custeio, R$ 64 para para despesas de pessoal e R$ 14 milhões para investimentos. "É inconcebível que uma instituição pública, com um orçamento considerável deixe um paciente morrer por falta de uma cirurgia que não custa mais do que cinco mil reais". Campos é relator das contas de 2006 da Prefeitura de Cuiabá e assegura que a auditoria não vai se restringir apenas a parte documental, pois segundo ele "o papel aceita tudo". Os técnicos farão visitas ao PS.

Ao ler a reportagem de A Gazeta, Campos disse que ficou indignado com a saga narrada pelo paciente Delamare Malta da Silva, 33, que morreu um dia depois de denunciar a existência de uma máfia dentro do PS. O paciente ficou internado entre o dia 3 e 17 no pronto-socorro e morreu no dia 18, na Santa Casa de Misericórdia, depois de passar pela cirurgia ortopédica.

Sobre a morte, a assessoria do pronto-socorro diz que não tem poder para prestar esclarecimento oficial. Ressalta que o paciente passou por avaliação e constatou-se o quadro clínico estável, apesar de fratura exposta no fêmur direito com infecção instalada, havendo a necessidade de intervenção cirúrgica para a correção das fraturas existentes após tratamento com antibióticos. Assim que a infecção foi solucionada, Delamare foi transferido para o Hospital Santa Casa para realizar cirurgia. Com relação à denúncia de cobrança de dinheiro para realização de cirurgias ortopédicas, a secretaria e a Superintendência do PS, instauraram uma Comissão de Sindicância para apurar o fato.





Fonte: A Gazeta

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