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Agronegócios
Sexta - 26 de Maio de 2006 às 06:43
Por: Jonas da Silva

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O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, reconheceu, durante anúncio do Plano Safra 2006 e 2007 e medidas para a minimizar perdas para a agropecuária, que a dificuldade enfrentada entre os Estados do agronegócio “é muito grande” e que tem conseqüências para outros setores da economia.

Rodrigues informou este impacto ao citar o exemplo de Mato Grosso, com a perda de rentabilidade do negócio dos agricultores. “Há enorme crise de renda que afeta os Estados do Centro-Oeste, especialmente o Mato Grosso, onde vimos prefeituras, faculdades, colégios, lojas, fábricas que são afetados pela quebradeira enorme da agricultura”, relatou o que qualificou como ‘crise sem precedentes’ em entrevista coletiva à imprensa.

O ministro disse ainda que um dos indicadores das perdas dos Estados agrícolas é o baixo crescimento do setor industrial, que forma um quadro “dramático” para os governadores. “No ano passado, os Estados que tiveram crescimento negativo no setor industrial foram exatamente Paraná e Rio Grande do Sul, que são Estados agrícolas”, disse.

As medidas anunciadas pelo ministro são partes das reivindicações apresentadas na semana passada pelo governador Blairo Maggi, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros Roberto Rodrigues e Guido Mantega (Fazenda), em Brasília, da qual participaram oito governadores e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira, e o economista Paulo Rabello de Castro.

O Governo Federal divulgou financiamento de R$ 60 bilhões para o Plano Safra 2006/2007. Do total, R$ 10 bilhões serão para a agricultura familiar; informou o investimento de R$ 8,6 bilhões de investimentos no setor com verba do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Já nas tomadas de recurso do Finame Agrícola Especial, houve redução do juro cobrado anualmente de 13,95% para 12,35%. Para o Moderfrota, a taxa de juros diminuiu para 8,75%.

Entre as medidas para o endividamento agrícola, o Governo Federal anunciou prorrogação de financiamento de custeio da safra 2005/2006, que deve ser pago em quatro anos, sendo a primeira após um ano da renegociação. O Plano Safra trouxe também a programação de R$ 2,8 bilhões para a Política de Garantia de Preços Mínimos da Próxima Safra.

Entre produtores, as medidas do Governo Federal não foram bem recebidas. “O Governo Federal não mexeu no custo de produção e o câmbio se mantém flutuante. Por isso, a agricultura continua inviável em Mato Grosso”, disse diretor-secretário da Famato, Valdir Corrêa da Silva.





Fonte: Redação/Secom-MT

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