Desemprego permanece estável, mas rendimento mensal aumenta
Houve aumento, no entanto, no rendimento médio mensal real dos trabalhadores (descontada a inflação). O valor passou de R$ 1008,42 em março, para R$ 1012,50 no mês de abril. A alta é de 0,4% em relação ao mês passado, mas chega a 4,7% na comparação com o mesmo período de 2005. Este é o décimo mês consecutivo em que a variação anual dos rendimentos é positiva.
A pesquisa mostra que também cresceu o número de pessoas que trabalham com carteira assinada no setor privado. O aumento foi de 5,2% em relação o número apurado em abril do ano passado. O resultado foi influenciado principalmente pelas taxas registradas em São Paulo (6,5%) e em Belo Horizonte (6,7%).
De acordo com o coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo, o conjunto dos resultados é o melhor para o mês de abril desde 2002, quando teve início a série atual da pesquisa. Ele avaliou que, embora não tenham sido criados novos postos de trabalho, o resultado revela uma qualificação do emprego. "É um mês louvável no poder de compra do trabalhador e no aumento da formalização", afirmou.
Para Cimar Azeredo, os resultados são conseqüência do cenário favorável da economia. Ele apontou a redução da taxa de juros, a inflação em queda e o baixo risco país como fatores que influenciaram positivamente o mercado de trabalho. A expectativa do técnico do IBGE é que haja redução da taxa de desemprego no país no mês de maio."Os resultados positivos de abril mais a o resultado da série histórica indicam que a taxa de maio vá cair" avaliou Azeredo.
A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE mede a relação entre ao mercado e a força de trabalho no país. O levantamento é realizado mensalmente nas seis principais regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte. São consideradas desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho, estavam disponíveis e tomaram alguma atitude para conseguir trabalho nos trinta dias anteriores à entrevista.
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