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Cidades/Geral
Quinta - 25 de Maio de 2006 às 14:55

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O presidente da CPI do Tráfico de Armas, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), concluiu que está qualificada a corrupção ativa dos advogados Maria Cristina Rachado e Sérgio Weslei da Cunha, no caso da compra dos depoimentos secretos do diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Godofredo Bittencourt Filho, e do delegado Ruy Ferraz Fontes à CPI.

Preso nesta manhã por desacato a agente público, Cunha voltará à sala da CPI, onde a sessão será retomada às 15 horas para a acareação dos três envolvidos na venda dos CDs. O ex-funcionário terceirizado da Câmara, Artur Vinícius Silva acusa os dois de terem pago R$ 200 pelas gravações. Segundo Moroni, a corrupção ativa se dá no oferecimento ou promessa de dinheiro, e que isso ficou comprovado. A prova desse acordo, para Moroni, é o CD da gravação, que os dois advogados admitem que pegaram.

Advogada nega A advogada de Marcos Camacho, o Marcola, Maria Cristina Rachado,insistiu em afirmar, durante a acareação anterior ao intervalo com o ex-funcionário terceirizado da Câmara, que não pagou pela cópia do depoimento. Deputados da CPI apontam, no entanto, uma grande contradição de Maria Cristina quanto ao depoimento prestado na última terça-feira, na mesma CPI.

Nesta quinta-feira , 25, Maria Cristina reconheceu que houve conversas sobre dinheiro para pagar a cópia da gravação, contrariando depoimento anterior em que ela dizia que o funcionário lhe enviara a cópia, depois de autorizada pela CPI. O ex-funcionário, demonstrando segurança, manteve a mesma versão do depoimento prestado anteriormente à CPI, quando revelou que recebeu R$ 200 em troca dos Cds.

Em um dado momento do depoimento, a advogada afirmou que "ele (Artur) não queria receber dinheiro lá dentro (da loja)". Em outro momento ela afirmou que "ele (Artur) achou que eu tivesse mais dinheiro", sempre negando, porém, que tenha pago pela cópia da gravação.

A mando de Marcola Moroni Torgan afirmou que para ele está claro que a advogada foi a mando de Marcola a Brasília para que ele soubesse o que o preso Leandro Lima de Carvalho falaria à CPI. Carvalho foi preso pela Polícia de São Paulo com armamentos e estava depondo na comissão no dia 10 de junho, quando também foram ouvidos Bittencourt e Ferraz.

Segundo Torgan, os dois advogados corromperam Artur e um dos dois ou os dois juntos deram a cópia para Marcola e para o comando da facção criminosa. "Vocês dois funcionaram como pombo correio do PCC e agente corruptores da facção", disse.





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