Foro privilegiado está na origem de toda a polêmica
Ao constatar a citação de nomes de deputados, o Ministério Público requisitou - e o juiz Jefferson Schneider acatou – que os nomes destes deputados fossem enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), para instauração de inquérito contra cada um deles, em razão do foro privilegiado.
Desde o início da operação, no entanto, advogados argumentavam que a simples menção do nome de deputados – mesmo que apenas citados por interlocutores – já justificava o envio do processo ao STF, anulando todas as decisões do juiz de primeira instância Jefferson Schneider.
Um dos pedidos, elaborado pela defesa do ex-deputado federal Bispo Rodrigues, requereu a anulação de todos os atos do juiz de primeira instância por entender que o caso deveria ser julgado pelo STF. O pedido foi protocolado no Tribunal Regional Federal (TRF), a segunda instância da Justiça Federal. O TRF acatou-o e tornou nulos todos os atos do juiz, ordenando a soltura dos acusados. A decisão, no entanto, foi suspensa pela presidente do STF. Segundo Ellen Gracie, tal a definição de competência é tarefa exclusiva do Supremo – e não do TRF.
Comentários