Procurador afirma que decisão do TRF premiava a ‘bandidagem’

Com os inquéritos encerrados e os 54 envolvidos indiciados pela Polícia Federal, o próximo passo do processo é a denúncia do Ministério Público Federal, agora que a competência voltou à 2ª Vara Federal de Mato Grosso. Um dos procuradores da República responsáveis pelo caso, Mário Lúcio Avelar, informou que os inquéritos estão em fase de análise. A expectativa é oferecer a denúncia até o final de semana.

Sobre a decisão da presidente do STF, ministra Ellen Gracie, Mário Lúcio Avelar considerou acertada. Para ele, a decisão de terça-feira do Tribunal Regional Federal, que pôs em liberdade os suspeitos de envolvimento nos esquemas de fraude em processo licitatório, “premiava a bandidagem, a corrupção e o crime organizado”.

Mario Lúcio Avelar comentou que a soltura dos investigados na terça-feira à noite pode ter prejudicado o processo, já que os implicados ficaram livres, com a possibilidade de fugir ou destruir novas provas. Essa opinião é compartilhada pelo superintendente da Polícia Federal, Aldair da Rocha.

“Deve ficar bem claro que o prejuízo que a decisão de terça-feira causou é incalculável. Não só o de custos, mas principalmente o processual. Sempre há o risco dos suspeitos destruírem novas provas ou de intimidar outras testemunhas”, afirmou Aldair da Rocha. Após as prisões, os 16 presos fizeram exame de corpo delito na Polícia Federal para seguirem aos presídios.