Polícia realiza operação antidroga em Cuiabá

Treze pessoas detidas, cerca de 6 kg de maconha e 19 tabletes de cocaína, além de dezenas de munições para pistolas apreendidas. Esse é o saldo da operação "4 de Janeiro" desencadeada na manhã de ontem nos bairros Jardim Leblon e Pedregal, em Cuiabá. As duas regiões são conhecidas devido a intensa ação de traficantes. A ação - que envolveu a Polícia Militar (3º BPM) e investigadores do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) Planalto - levou às ruas 130 homens e 14 delegados. O nome da operação foi batizado assim porque "4 de Janeiro" é uma rua muito conhecida por possuir diversos pontos de bocas de fumo.

A coordenação da ação foi realizada pelo delegado Wilson Leite, titular do Cisc Planalto. Ele informou que em pouco mais de uma hora foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela juíza da 9ª Vara de Delitos de Tóxico, Maria Cristina Simões.

Em uma única residência, os policiais encontraram quase 5 kg de maconha. Lá, foram presos Marco Aurélio Silva, Leidiane Almeida Pinho e a prima dela, Kelly Almeida Pinho. Eles negam que sejam "comerciantes" de entorpecentes e foram presos em flagrante. Leite informou que a casa deles, na rua Couto Magalhães, funcionava como distribuidora para outra casa localizada na 24 de janeiro, que repassava para os "soldados" do tráfico comercializarem.

Aparelhos eletrônicos sem notas fiscais, como televisões, DVDs, e rádios gravadores também foram apreendidos e somente serão liberados quando existir a comprovação de venda. A Polícia Civil explica que diversos produtos roubados ou furtados são comercializados em bocas de fumo, ou mesmo, trocados.

Nas ruas - Policiais militares tiveram a incumbência de fechar as ruas dos bairros para que os mandados fossem cumpridos. Pessoas que caminhavam, carregando sacolas, foram abordadas e revistadas, já que existia o temor de que pudessem estar transportando entorpecente. Os moradores, curiosos, saíram às ruas para assistir a ação. Eles comentavam que ficavam felizes com a operação já que a "fama ruim" trazida pelos traficantes faz com que os imóveis percam valor comercial. Pelo menos 40 pessoas, segundo Wilson Leite, estão envolvidas no comércio de drogas pela região.