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Cidades/Geral
Quarta - 24 de Maio de 2006 às 13:28

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Um grupo de 400 trabalhadores, entre homens, mulheres e crianças, integrantes do MST, ocupa desde a tarde de segunda-feira, a sede da prefeitura de Cáceres – Oeste do Estado 220 quilômetros de Cuiabá. Com exceção do gabinete do prefeito Ricardo Henry (PP), apesar dos sem terra se posicionarem do lado de fora do prédio todas as secretarias foram abandonadas pelos servidores. O comando do 6º Batalhão de Polícia Militar (6ºBPM) mantém uma equipe de policiais, para garantia da ordem no local.

A intenção, segundo Gerson de Freitas, coordenador estadual do MST, será manter a ocupação por tempo indeterminado até que a administração municipal atenda as reivindicações dos sem terra. A pauta consta de recuperação e abertura de estradas, ativação de postos de saúde, medicamentos, assistência médica, construção de poços e melhores condições de vida nos assentamentos.

A maioria dos trabalhadores são dos assentamentos “Antonio Conselheiro” e “Nova Conquista”, além do acampamento “Terra Prometida”, todos em Cáceres. “São mais de 300 crianças dos assentamentos que estão fora da escola porque não existe acesso por falta de estradas dos assentamentos nas escolas”, denunciou Freitas, acrescentando que “enquanto não houver uma definição por parte do prefeito não vamos desocupar o local”.

A exemplo das mobilizações anteriores, os trabalhadores contam com apoio do Sindicato dos Trabalhadores e da Igreja. A alimentação, a base de arroz e banana cozida, conforme o coordenador do movimento está vindo dos assentamentos e preparada no interior das próprias secretarias. Os trabalhadores formam filas de mais de 200 metros para receber a comida.

Apesar da insistência, até às 17h de ontem os sem terra ainda não havia conseguido agendar uma reunião com o prefeito Ricardo Henry. No final tarde, um grupo de secretário reuniu-se com os trabalhadores, propondo atendimentos de algumas reivindicações a troco da desocupação do prédio. Os lideres do movimento reuniriam ainda à noite para avaliar o acordo e só após reunião com os trabalhadores iriam decidir se deixariam ou não o prédio.





Fonte: 24Horas News

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