Dólar sobe e Bovespa tem volatilidade enquanto mau humor persiste
Segundo analistas, a volatilidade deve se manter pelo menos até o final do mês, quando o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) divulga a ata da sua última reunião. O mercado buscará pistas sobre a trajetória dos juros: se, depois do mais recente aumento, de 0,25 ponto percentual, a autoridade monetária vai fazer uma pausa ou se a taxa, atualmente em 5% ao ano, continuará subindo. Nesse caso, o mercado pode se acomodar neste nível mais baixo --tal aposta tem ganhado força entre os especialistas.
Quando os juros nos EUA sobem, os grandes investidores internacionais abandonam suas aplicações em mercados emergentes, como o brasileiro, em busca de ativos de menor risco --por exemplo, os treasuries (títulos do tesouro norte-americano). E esse movimento é nítido: até o dia 19, o saldo de investimento estrangeiro na Bovespa estava negativo em R$ 907,784 milhões.
O dólar paralelo subia 2,45%, para R$ 2,50, e o turismo tinha alta de 3,38%, a R$ 2,44.
Títulos públicos
O Tesouro Nacional decidiu realizar hoje, no início da tarde, uma operação de compra e venda simultânea de NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série B), as quais oferecem ao investidor a correção pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador de inflação medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Pelas turbulências, os preços desse título no mercado secundário estavam muito distorcidos e, com a operação, o Tesouro fornece uma referência de valores ao mercado.
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