Três dos acusados estão sendo julgados no Rio de Janeiro Foto: Luiz Roberto Lima / Terra)
O policial negou o benefício da delação premiada oferecido pela promotoria caso o acusado pudesse oferecer informações novas para o caso. Se aceitasse, teria sua pena diminuída em um terço em hipótese de condenação por participação em homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha armada.
"O promotor pode me oferecer para ir para casa que vou manter meu primeiro depoimento, o que disse da primeira vez. Não vou aceitar de jeito nenhum a delação premiada", afirmou o policial militar.
Jeferson está sendo julgado junto com outros dois ex-integrantes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) do 7º Batalhão de Polícia Militar (São Gonçalo), Júnior Cezar de Medeiros e Jovanis Falcão Junior. Todos tiveram prisão decretada pela juíza Patrícia Acioli porque teriam fraudado autos de resistência (documentos em que justificam mortes em confrontos) meses antes do assassinato. Eles teriam executado as vítimas.
O assassinato de Patrícia Acioli
Patrícia foi assassinada com 21 tiros em agosto de 2011 quando chegava em sua casa, em Piratininga, Niterói. O caso teve a primeira condenação em dezembro do ano passado quando o cabo da polícia militar Sérgio Costa Junior, réu confesso, foi condenado a 21 anos de prisão. Ele admitiu ter atirado 15 vezes na juíza e obteve a delação premiada, que diminuiu em 15 anos a sua pena.
A Justiça ainda não tem data para os julgamentos dos dois principais acusados do crime: o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, que comandava o 7º BPM (São Gonçalo) na época e teria sido o mandante do assassinato, e o tenente Daniel dos Santos Benitez, que chefiava diretamente o grupo de PMs acusados do crime. Ao todo são 11 os réus.
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