Corpo de Iltomar de Moraes foi encontrado num matagal, na Estrada Velha da Guia
Professor é morto a facadas; garoto de programa é suspeito
Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) localizaram, no começo da manhã desta quarta-feira (30), o corpo do professor Iltomar Rodrigues de Moraes, de 50 anos.
Ele foi morto a golpes de faca e jogado num local de difícil acesso, na região de chácaras da Estrada Velha da Guia, na zona rural de Cuiabá.
O assassinato, segundo a Polícia, ocorreu na madrugada de sábado (26), após o professor sair em seu carro, um Fiat Uno prata, com um garoto de programa conhecido apenas como Stewart.
O rapaz foi detido durante diligência da Polícia Civil, na madrugada de hoje, e, após confessar o crime, levou os agentes até o local onde estava o corpo do professor.
Ele teria agido em companhia de um cúmplice, que ainda não foi localizado.
De acordo com o chefe de Operações da DHHP, Gustavo Rodrigues Neves, o crime teria ocorrido por causa de um suposto desacordo entre as partes.
Após o programa, o professor não teria pago a quantia combinada com o rapaz, que o levou de carro até a região da Guia, onde o matou e jogou o corpo no matagal.
As investigações, no entanto, iniciaram somente na segunda-feira (28), após a família de Iltomar procurar o setor de desaparecidos da DHPP, uma vez que, no domingo (27), o carro do professor fora encontrado abandonado, na região do Lixão, no bairro Novo Paraíso, na Capital.
Dentro do carro, os policiais encontraram um aparelho de TV de 21 polegadas e um forno de microondas, que o professor teria dado como pagamento, mas o rapaz teria recusado.
Confissão
A Polícia detectou sinais de tentativa de arrombamento do carro, muito provavelmente, por parte de outras pessoas. Um vidro chegou a ser arrebentado, mas não levaram os objetos. Havia manchas de sangue no porta-malas.
O suspeito não informou onde houve o programa sexual, mas confirmou que levou Iltomar de Moraes até a região da Guia, onde o matou a facadas.
Os policiais acreditam que o professor estivesse embriagado no momento em que foi transportado até a região de chácaras.
“Testemunhas disseram ter visto o professor comprar uma caixa de cerveja em lata, numa distribuidora de bebida, saindo em seguida com o rapaz ”, disse o chefe de operações.
Conforme a chefe do setor de desaparecidos da DHPP, Laureane Cristina de Lara, desde o início das investigações, o primeiro passo foi em busca de testemunhas que ajudassem a esclarecer o caso.
“Conseguimos chegar a um amigo do professor, que viu o suspeito, que ainda teria comentado com outras pessoas que teria matado o professor”, informou.
Diante da situação, o delegado Valfrido Franklin do Nascimento deverá pedir a prisão preventiva dos dois suspeitos.
Comentários