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Polícia Brasil
Quarta - 24 de Maio de 2006 às 07:29
Por: Adilson Rosa

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Oito meninas do Projeto Siminina ficaram feridas ontem pela manhã, após o motorista de um Vectra perseguido por policiais perder o controle e bater no muro do prédio onde elas estudam.

O veículo caiu numa área aberta do Centro Comunitário do Jardim Leblon, onde 45 meninas – cuja faixa etária varia de sete a 13 anos – participavam de aula de canto.

No choque, o automóvel arrebentou o muro e, em seguida, caiu num declive de cerca de um metro, parando num pilar do prédio. O obstáculo impediu que ocorresse uma tragédia, segundo testemunhas. Os dois ocupantes sofreram ferimentos leves. O choque foi tão violento que acionou o air bag do veículo.

O motorista Carlos Alberto Correia, de 33 anos, e Neri da Silva, que usava nome Valdinei Silva Souza, de 31, ainda tentaram fugir correndo para os fundos, mas foram cercados pelos policiais. O carro que dirigiam apresenta suspeita de adulteração de chassi. Os dois foram autuados por receptação. Com ferimentos leves, acabaram medicados também.

As oito meninas foram medicadas inicialmente no Posto de Saúde do bairro, que fica em frente ao prédio. De lá, foram levadas ao Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC), onde acabaram examinadas e entregues para as mães.

Na hora do acidente, havia 45 meninas e três adultos no local. A maior parte das meninas estava próximo do quadro negro, longe de onde o automóvel caiu.

Segundo a assistente social Laíza Luz, que participa do Siminina, os ferimentos foram leves, causados principalmente pelos pedaços de muro que espalharam pela área. “Na hora, foi uma gritaria só, mas só ferimentos leves, sem problema algum”, relatou.

Laíza explicou que as meninas participavam da aula de canto e estavam sentadas nas cadeiras e carteiras. No momento do acidente, ficaram assustadas com o barulho e começaram a gritar. Ainda nervosas, as meninas foram dispensadas da aula. Familiares ficaram sabendo do acidente e compareceram ao local.

A agente de apoio Rosângela Pimenta estava na parte interna do centro comunitário no momento do acidente. Ela explicou que correu para a parte aberta e encontrou as meninas gritando e todas em pé no lado oposto de onde ocorreu o acidente. “Foi tudo muito rápido. Cheguei até a varanda e lá já havia policiais socorrendo as meninas”.

O secretário de Assistência Social e Desenvolvimento Humano de Cuiabá, Edivá Alves, esteve no centro comunitário para obter mais detalhes sobre o acidente. Ele ficou impressionado com a colisão. “Se não fosse esse pilar, poderia ter ocorrido uma tragédia. Esse prédio foi reformado o ano passado para abrigar o projeto, que hoje atende a 198 meninas em dois turnos”, lembrou.

As meninas estudam na Escola Estadual Tancredo Neves, do Jardim Leblon, e participam do projeto no chamado contraturno – as que estudam de manhã, fazem atividades no período vespertino e vice-versa.





Fonte: Diário de Cuiabá

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