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Cidades/Geral
Quarta - 24 de Maio de 2006 às 07:03

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Procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar afirmou que a decisão do Tribunal Regional Federal, 1ª Região, foi um "desserviço ao combate da bandidagem". Ele apontou que a ação prejudica as investigações e a punição dos envolvidos no esquema de superfaturamento de ambulâncias.

"O que desmoraliza nosso país é a impunidade", destacou o procurador, em resposta às declarações dos advogados.

Mário Lúcio Avelar, que tinha prazo até hoje para oferecer denúncia aos 54 indiciados pela Polícia Federal no esquema, afirmou que o processo agora será remetido ao STF sem que o MPF se posicione.

A operação "Sanguessuga" foi deflagrada no dia 04 deste mês. Segundo inquérito da Polícia Federal, entre os anos de 2000 a 2005 a Planam, em esquema com deputados e prefeitos, teria vendido mil ambulâncias, tendo movimentado mais de R$ 110 milhões de recursos do governo federal. A Planam atuaria com diversas empresas laranjas, vencendo todas as licitações. Maria da Penha seria a ligação da empresa com o Ministério da Saúde.

Maria da Penha apontou para a justiça nomes de diversos parlamentares que, supostamente, teriam envolvimento com o esquema e teriam recebido propinas. Na semana passada, a defesa de Maria da Penha entregou no STF um HD (disco rígido) contendo informações de um computador da Planam, que apontaria todo o esquema.





Fonte: A Gazeta

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