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Cidades/Geral
Terça - 23 de Maio de 2006 às 18:10
Por: Denise Maduenõ

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BRASÍLIA - Em depoimento à CPI do Tráfico de Armas, na Câmara, a advogada Maria Cristina Rachado negou ter comprado um CD com a cópia de declarações sigilosas feitas à comissão e o levado para o chefe da organização criminosa Primeiro Comando da Capital, Marcos Camacho, o Marcola.

Maria Cristina é acusada, juntamente com o advogado Sérgio Weslei da Cunha, de, por R$ 200, ter comprado do funcionário da Câmara Artur Vinicius Pilastre Silva a cópia dos depoimentos sigilosos do diretor geral do Departamento de Investigações do Crime Organizado (Deic), Godofredo Bittencourt Filho, e do delegado Rui Ferraz. Os dois falaram à CPI do Tráfico de Armas em 3 de maio.

Maria Cristina disse que não sabia que se tratavam de declarações de Bittencourt. Segundo a advogada, o outro advogado de Marcola, Sérgio Weslei da Cunha, lhe disse que se tratava de um CD cuja entrega aos dois havia sido autorizada pela CPI.

Ela disse que, segundo Cunha, quem ela teria conhecido na Câmara, o CD continha um depoimento de um cliente de Weslei que havia prestado depoimento à CPI. De acordo com esta versão, o conteúdo do CD não seriam as declarações do diretor do Deic. A advogada disse ainda que não chegou a ouvir a gravação.

O CD teria sido entregue a Marcola, de quem Maria Cristina e Sérgio Weslei são advogados de defesa. Chorando, a advogada negou qualquer participação na compra e na entrega dos depoimentos a Marcola, que teria tomado a decisão de ordenar os atentados em São Paulo porque Bittencourt antecipou à CPI a informação de que o chefe do PCC e outros presos de alta periculosidade seriam transferidos para presídios de segurança máxima.





Fonte: Agência Estado

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