Quando a guerra interrompe a adolescência
Em Paradise Now, Said e Khaled são dois jovens palestinos sem muitas aspirações na vida, até que vem a notícia de que foram selecionados pelo governo para atuar como homens-bomba. A reação dos dois, ao contrário do que poderíamos pensar, é nula. Não há neles qualquer traço de militância política ou fanatismo religioso. Aceitar a missão é para eles algo corriqueiro.
A intenção de defender seu país também é a motivação por trás da turma de jovens soldados americanos de Soldado Anônimo, que nos leva ao campo de batalhas da Guerra do Iraque. Altamente treinados para o mais duro confronto armado, os jovens militares não têm muito o que fazer em campo. E a angústia pela ação, que parece nunca vir, incomoda porque parece nos questionar: o que é que os Estados Unidos estão fazendo no Iraque?
Apesar das histórias aparentemente antagônicas (de um lado soldados americanos e, de outro, jovens homens-bomba palestinos), as duas produções optam por não darem respostas para os temas que abordam, mas ganham o público ao colocá-lo pra pensar.
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