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Educação/Vestibular
Terça - 23 de Maio de 2006 às 13:57
Por: Renata Cafardo

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Integrantes da ONG Educafro, que oferece cursinho gratuito para carentes invadiram a reitoria da Universidade de São Paulo (USP) por volta das 11 horas desta terça-feira. O grupo é contra o projeto de inclusão de alunos pobres que será votado hoje pelo Conselho Universitário, órgão máximo da instituição.

Os manifestantes, que querem mais cotas para negros, tentaram ainda invadir o Consun, mas não conseguiram. Na tentativa de conter as manifestações, a pró-reitora de graduação Selma Garrido se reuniu com os invasores para possíveis negociações. Nesse momento, todos aguardam do lado de fora do Consun o resultado da votação, que será divulgado a partir das 17 horas.

A expectativa na reitoria é de que ele seja aprovado. O conselho é presidido pela reitora Suely Vilela e fazem parte ainda todos os diretores de unidades da USP, representantes de professores, de alunos e de funcionários. São cerca de 120 pessoas.

Se aprovado, o projeto mudará principalmente o vestibular da Fuvest, o maior e mais concorrido do País. Em vez de cotas, a reitoria da USP propõe um acréscimo de 3% na nota do exame para estudantes de escolas públicas. Cria também um sistema de avaliação seriada, que permitirá que alunos da rede pública façam provas ao fim de cada ano do ensino médio. As notas seriam incorporadas à Fuvest.

A intenção da reitoria é aprová-lo neste mês para que as mudanças já sejam válidas no vestibular deste ano. O manual do candidato deve ficar pronto em junho. A estrutura da prova também seria outra: as atuais 100 questões seriam substituídas por 90, sendo 10 delas interdisciplinares. O projeto, chamado de Inclusp, também prevê ajuda ao aluno carente que ingressar na universidade.





Fonte: Agência Estado

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