Preparação brasileira tem conceitos de 25 anos atrás
Os 23 jogadores farão até quarta-feira exames laboratoriais e físicos no Swiss Paraplegic Center, nos arredores de Lucerna. Além de ser especializada na reabilitação de deficientes físicos, a clínica é conceituada na área de cardiologia.
José Luiz Runco, médico da seleção, diz que, apesar dos avançados aparelhos que terá à disposição, prevalecerá uma antiga metodologia de trabalho. "Vamos usar o padrão Flamengo", afirmou ele.
Além de Runco, o médico Serafim Borges, trabalha na equipe nacional e no clube carioca.
"Muda a técnica, alguns resultados são mais precisos, mas a essência é a mesma, fazemos há 25 anos assim no Flamengo", afirmou o médico.
Entre exames de sangue e testes físicos, o mais importante é detectar os atletas mais cansados. Os resultados servirão para a comissão desenvolver trabalhos individuais.
Runco não demonstra preocupação com Ronaldo. O atacante se contundiu no fim da temporada européia e não participou das últimas rodadas do Espanhol. "Ele está inteiro e convenceu o clube que era melhor ele ser poupado."
Edmílson, que deixou a final da Copa dos Campeões machucado, também não tira o sono de Runco. Segundo o médico, o jogador não está lesionado.
"Ter jogado a final da Copa dos Campeões não me atrapalhou em nada. Estou bem fisicamente", disse Ronaldinho, campeão com o Barcelona ao lado de Edmílson.
De acordo com Runco, a única novidade nessa fase de preparação é a exigência da Fifa para que seja preenchido um formulário com dados de cada jogador. A entidade exige exames cardíacos dos elencos.
"O time atual chega em melhores condições em relação à Copa passada", disse Runco.
De fato, a situação é mais calma em relação a quatro anos. Na ocasião, Rivaldo, lesionado, teve a sua presença na competição ameaçada. O mesmo aconteceu com Ronaldo.
A partir de hoje, os jogadores também podem ser escolhidos pela Fifa para fazer um teste surpresa de doping. A entidade tem o direito de chamar até três jogadores sem aviso prévio.
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