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Ouvidoria investiga participação de policiais em execuções
A Ouvidoria das Polícias de São Paulo está investigando se policiais participaram da execução de 12 jovens moradores da periferia com idades entre 17 e 29 anos durante a onda de ataques contra as forças de segurança do Estado atribuída à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Os jovens, todos sem passagens pela polícia, foram mortos em cinco ações de supostos grupos de extermínio entre os dias 14 e 17.
Testemunhas dos crimes e parentes das vítimas apontam policiais militares como autores dos assassinatos. "Nos cinco casos, os assassinos estavam vestidos de ninjas e, em pelo menos um, usavam armamento pesado. É coisa de gente organizada", disse o ouvidor Antonio Funari Filho ao jornal O Globo.
A primeira chacina aconteceu às 18h de domingo, no bairro de São Mateus. O segurança Eduardo de Paula Silva estava numa esquina com os amigos Fernando da Silva Rodella, Robson de Souza, Ivan Ramos Ferreira de Moura, Edílson Pedro de Souza e Danilo Lopes Rissi quando ouviu os gritos de "mãos para a cabeça". Os cinco atenderam à ordem. Em vez de revista, receberam tiros à queima-roupa na cabeça. A calçada foi lavada e as balas retiradas, prejudicando o trabalho da perícia.
Em Guarulhos, Bruno Henrique de Souza, 17 anos, e Diego Andrade Santos, 18, foram mortos na porta da casa por volta das 22h30. Três encapuzados desceram de um carro atirando. Quando um vizinho tentou ver o que acontecia, os encapuzados atiraram. Um helicóptero da polícia sobrevoava o local na hora.
Ricardo Faustino, 22 anos, estava em uma escadaria na Avenida Antonelo Messina, Jardim Filhos da Terra, quando seis encapuzados chegaram. Testemunhas viram os suspeitos tirando as máscaras e entrando em um veículo da Força Tática da PM.
Outras três pessoas morreram numa chacina no Parque Bristol, na zona sul. Dois homens encapuzados usando jaquetas pretas desceram de um Vectra escuro e abriram fogo contra Fernando Elza, 22 anos, Fabrício de Lima Andrade, 18, Edivaldo Soares Andrade, 24, e Israel Alves de Souza, 25.
Fotografia Segundo Funari Filho, os cinco casos levantam a suspeita da ação de grupos de extermínio em São Paulo. Na quarta-feira da semana passada, policiais civis foram fotografados na Assembléia Legislativa usando camisetas com a inscrição "Escuderie Detetive Le Cocq - Esquadrão da Morte - Brasil".
A Polícia Militar disse que vai apurar a suposta participação de integrantes da corporação em execuções. Segundo relata O Globo, a assessoria de imprensa da PM informou que, se for comprovada a participação de policiais nas chacinas, eles serão punidos.
40 denúncias A Ouvidoria vai encaminhar 40 denúncias sobre mortes de suspeitos para as corregedorias das polícias Militar e Civil investigarem. Os órgãos têm 45 dias para apurar as queixas e encaminhar um relatório ao Ministério Público Estadual.
Segundo Funari Filho, citado pelo jornal Folha de S. Paulo, metade das denúncias foram feitas por parentes ou pessoas ligadas às vítimas. A investigação das demais partiu de iniciativa do órgão.
Nomes A Secretaria de Segurança de São Paulo informou que apenas 12 corpos ainda não foram identificados no Instituto Médico-Legal. Não há data marcada para os enterros.
Testemunhas dos crimes e parentes das vítimas apontam policiais militares como autores dos assassinatos. "Nos cinco casos, os assassinos estavam vestidos de ninjas e, em pelo menos um, usavam armamento pesado. É coisa de gente organizada", disse o ouvidor Antonio Funari Filho ao jornal O Globo.
A primeira chacina aconteceu às 18h de domingo, no bairro de São Mateus. O segurança Eduardo de Paula Silva estava numa esquina com os amigos Fernando da Silva Rodella, Robson de Souza, Ivan Ramos Ferreira de Moura, Edílson Pedro de Souza e Danilo Lopes Rissi quando ouviu os gritos de "mãos para a cabeça". Os cinco atenderam à ordem. Em vez de revista, receberam tiros à queima-roupa na cabeça. A calçada foi lavada e as balas retiradas, prejudicando o trabalho da perícia.
Em Guarulhos, Bruno Henrique de Souza, 17 anos, e Diego Andrade Santos, 18, foram mortos na porta da casa por volta das 22h30. Três encapuzados desceram de um carro atirando. Quando um vizinho tentou ver o que acontecia, os encapuzados atiraram. Um helicóptero da polícia sobrevoava o local na hora.
Ricardo Faustino, 22 anos, estava em uma escadaria na Avenida Antonelo Messina, Jardim Filhos da Terra, quando seis encapuzados chegaram. Testemunhas viram os suspeitos tirando as máscaras e entrando em um veículo da Força Tática da PM.
Outras três pessoas morreram numa chacina no Parque Bristol, na zona sul. Dois homens encapuzados usando jaquetas pretas desceram de um Vectra escuro e abriram fogo contra Fernando Elza, 22 anos, Fabrício de Lima Andrade, 18, Edivaldo Soares Andrade, 24, e Israel Alves de Souza, 25.
Fotografia Segundo Funari Filho, os cinco casos levantam a suspeita da ação de grupos de extermínio em São Paulo. Na quarta-feira da semana passada, policiais civis foram fotografados na Assembléia Legislativa usando camisetas com a inscrição "Escuderie Detetive Le Cocq - Esquadrão da Morte - Brasil".
A Polícia Militar disse que vai apurar a suposta participação de integrantes da corporação em execuções. Segundo relata O Globo, a assessoria de imprensa da PM informou que, se for comprovada a participação de policiais nas chacinas, eles serão punidos.
40 denúncias A Ouvidoria vai encaminhar 40 denúncias sobre mortes de suspeitos para as corregedorias das polícias Militar e Civil investigarem. Os órgãos têm 45 dias para apurar as queixas e encaminhar um relatório ao Ministério Público Estadual.
Segundo Funari Filho, citado pelo jornal Folha de S. Paulo, metade das denúncias foram feitas por parentes ou pessoas ligadas às vítimas. A investigação das demais partiu de iniciativa do órgão.
Nomes A Secretaria de Segurança de São Paulo informou que apenas 12 corpos ainda não foram identificados no Instituto Médico-Legal. Não há data marcada para os enterros.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/299323/visualizar/
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