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Internacional
Terça - 23 de Maio de 2006 às 08:04

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O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, participa nesta terça-feira de reuniões no Pentágono e na Casa Branca para tentar afinar a política de seu país com a os Estados Unidos, no que diz respeito aos palestinos e à crise nuclear com o Irã.

O encontro de Olmert com o secretário norte-americano de Defesa, Donald Rumsfeld, oferecerá ao premiê uma chance de trocar opiniões sobre o programa de enriquecimento de urânio dos iranianos, que tanto EUA quanto Israel temem que possa levar à fabricação de bombas atômicas.

"Não quero falar disso em detalhes", afirmou uma autoridade israelense a respeito da conversa sobre o Irã. "Posso dizer-lhes que a coordenação mantida no passado continuará e, provavelmente, melhorará".

Israel, a única potência nuclear do Oriente Médio, afirmou que deseja não se envolver diretamente nos esforços diplomáticos para resolver a crise iraniana, mas que encara com seriedade o apelo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em defesa da destruição do Estado judaico.

Olmert, que assumiu o comando do país no lugar de Ariel Sharon depois de esse líder ter sofrido um grave derrame cerebral em janeiro, jantou na segunda-feira com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, antes de se reunir com o presidente norte-americano, George W. Bush.

Nenhuma decisão de peso deve ser tomada nesses encontros. A proposta de "convergência" defendida por Olmert, que fala sobre retraçar o mapa dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, continua a ser elaborada.

Importantes autoridades norte-americanas disseram que Bush deve se mostrar hesitante quanto a abraçar a proposta do premiê até estar convencido de que ela não prejudicará as negociações sobre o status final dos territórios palestinos.

Segundo o plano, Olmert pretende, na suposta ausência de um parceiro palestino para negociar, desocupar algumas colônias isoladas da Cisjordânia, reafirmar o controle sobre os grandes blocos de assentamentos que Israel diz serem permanentes e impor uma linha de fronteira até 2010.

O premiê diz que prefere um acordo negociado com os palestinos, mas as chances de retomada do processo de paz diminuíram depois que o grupo militante Hamas derrotou, nas eleições de janeiro, a facção Fatah, do presidente Mahmoud Abbas (um moderado).

Enfrentamentos armados entre grupos palestinos rivais na Faixa de Gaza também prejudicam o retorno à mesa de negociações.

O governo norte-americano deseja que Olmert tente primeiro negociar com Abbas. O premiê israelense concordou em manter contato com o presidente palestino, mas disse que o líder palestino está impotente diante do Hamas.

Para os palestinos, os planos unilaterais de Israel representam uma tentativa de anexar terras deles e de negar-lhes a possibilidade de fundar um Estado viável.





Fonte: Reuters

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