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Cidades/Geral
Terça - 23 de Maio de 2006 às 07:28
Por: Silvana Ribas

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Revolta de passageiros nos terminais, ameaças a motoristas que tentavam circular com os coletivos e um saldo de 42 ônibus com pneus furados. O oitavo dia da greve dos motoristas e cobradores do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande foi apontado pelos empresários do setor como o mais violento. As empresas já anunciam a contratação de novos motoristas e cobradores para manter a frota mínima em circulação.

A liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que obrigava os grevistas a manterem 60% da frota em circulação nos horários de pico e 30% nos horários de menos movimento não foi cumprida ontem, como ocorreu no primeiro dia de greve. Fiscais da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU) confirmaram que no período da manhã apenas 37% da frota circulou. O secretário Oscar Soares pediu a interferência do policiamento para que a liminar fosse cumprida.

Por sua vez o comando de greve do Sindicato dos Motoristas e Cobradores nega ser autor dos atos de vandalismo, principalmente da colocação das aranhas debaixo dos pneus. O presidente do Sindicato, Ledevino da Conceição, disse que oportunistas estão se aproveitando do movimento grevista para promover atos de vandalismo e prejudicar a categoria.

Em relação ao anúncio da contratação de novos motoristas, por parte das empresas, Conceição disse que é necessária mesmo, já que hoje muitos motoristas são obrigados a dobrar os turnos pela falta de funcionários. "Seriam necessários mais 1 mil trabalhadores para completar os quadros e tapar os buracos nas escalas".

O departamento jurídico do Sindicato dos Transportadores Urbanos (STU) garante que ao final da greve entrará na justiça contra o sindicato dos trabalhadores para obter ressarcimento dos danos materiais causados pela violência do movimento.

O comandante geral da Polícia Militar, Leovaldo Salles, assegurou ontem que não tem efetivo suficiente para manter a frota circulando. Cabe a atuação da polícia em atos de vandalismo ou flagrantes de agressão ou ameaças a trabalhadores ou passageiros.





Fonte: A Gazeta

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