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Educação/Vestibular
Segunda - 22 de Maio de 2006 às 16:25
Por: Raquel Ferreira

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Após a seletiva realizada na sexta-feira 19, no Colégio Liceu Cuiabano, o Ribuliço nas Escolas apresenta as três escolas vencedoras, que terão seus espetáculos inseridos na grade de programação do 1º Festival Nacional de Teatro de Cuiabá, a se realizar entre os dias 3 e 10 de junho.

O 1.° lugar ficou com a peça "O Amor É Uma Falácia", do grupo Maresia representando a Escola Carmelita Couto. Em 2.° lugar ficou "Na Trilha do Trem", do Masteatro, pelo Colégio Master; e em 3.°, "O Grito do Cachorro", do Teatro CIN, representante do Colégio Isaac Newton (CIN).

O Ribuliço nas Escolas é uma das partes do Ribuliço Cultural que se subdivide ainda em Ribuliço Religioso, Ribuliço Folclórico e Ribuliço das Cabeças.

No palco do Liceu Cuiabano, na sexta-feira, com três apresentações pela manhã e três à tarde, mais a participação livre da comunidade, viu-se muita disposição, energia e talento em cena.

Os critérios que contaram na avaliação da curadoria foram: criatividade, texto, direção, conteúdo da obra e torcida. Durante a manhã, as análises estiveram a cargo de importantes nomes do teatro local: Jônatas Rodrigues (Confraria dos Atores), Fábio Bertacini (Atua Flor que Avua) e Everton Britto (Confraria dos Atores). Já no período vespertino, o julgamento ficou sob a responsabilidade de Ana Paula Sant'Ana (videomaker), Sérgio Freitas (Cena Onze) e Karina Figueiredo (Confraria dos Atores). Os vencedores saíram da seletiva final superando o Colégio Liceu Cuiabano (4.° lugar), cujo grupo Anjos da Noite apresentou "O Auto da Barca do Inferno"; o Colégio Salesiano São Gonçalo (5.° lugar), que trouxe a peça "Saltimbancos", do grupo Téspis; e Escola Estadual Nilo Póvoas (6.° lugar), cujo grupo Personagens da Minha Escola apresentou espetáculo de mesmo nome.

OPINIÕES O professor e diretor de teatro Hélio Taques, que dirigiu "O Grito do Cachorro" e, no dia-a-dia, ensaia os alunos da Academia de Artes do CIN, falou da importância do evento para a comunidade escolar: "Uma das coisas mais importantes do Ribuliço nas Escolas é a oportunidade que os alunos estão tendo de interagir com os profissionais de teatro.

Com isso, os estudantes vão ver de perto como é a vida e aprender com a experiência dos atores. Além dos vencedores que entram na programação do Festival, todos podem também participar de cursos e oficinas que serão desenvolvidos durante o evento".

O professor acredita que a iniciativa dará um ânimo a mais a várias frentes do teatro e espera que a partir do Festival novas platéias se formem, que mais gente se entusiasme em participar do teatro não só como espectador mas como ator também. "As pessoas não têm idéia de quantos benefícios o teatro é capaz de trazer. Ele ajuda na educação, na concentração, desinibe os mais tímidos", sintetiza.

Bruna Menesello, uma das coordenadoras do evento e atriz do Teatro Fúria, diz que a partir desta terça-feira, 23 de maio, a organização do Festival distribuirá às escolas não classificadas um comunicado explicando as razões de sua não-classificação, até para que elas tenham a oportunidade de crescer no aprendizado. Junto vai um convite para que participem das oficinas, das palestras e assistam aos espetáculos, neste ano.

"Além disso, faremos um convite especial para que todos estejam conosco na segunda edição do Festival, ano que vem", afirma.

Bruna complementa explicando que para 2007 se pretende aumentar o número de quesitos para a seleção: além de criatividade, texto, direção, conteúdo da obra e torcida, serão levados em conta: melhor ator, melhor atriz e cenário.

Interessante ainda é ouvir os não classificados, suas razões e avaliação.

Mayrlon César, do grupo Anjos da Noite e que ajudou na montagem do espetáculo "Auto da Barca do Inferno", pelo Liceu Cuiabano, diz: "Além de dificuldades pontuais como a greve dos ônibus que atrasou a realização dos ensaios, nós lutamos com dificuldades que os grupos de teatro do Master e do CIN, por exemplo, não enfrentam, pelo fato de terem o apoio das instituições. Isto sem falar do grupo Maresia, do Carmelita Couto, cuja peça "O Amor É Uma Falácia" tem anos de estrada. Apesar de tudo, vamos nos preparar a partir de agora para, no ano que vem, chegar derrubando os grandes".

Já o professor Marcos Pedro, que colaborou com o pessoal do Liceu, onde leciona Artes, faz um balanço do trabalho e seu possível alcance: "O interessante deste Festival é a oportunidade das escolas mostrarem o seu trabalho. Procurei contribuir mais com a questão da linguagem: expressão corporal e falas. A maioria do pessoal aqui do Liceu ainda é muito tímida, travada. Por isso é preciso muito treinamento, aulas, pra se desinibir e chegar num momento desses com reais condições de competir".

Deve-se ainda salientar que o convite para participar das oficinas e palestras, e para assistir aos espetáculos do 1º Festival Nacional de Teatro de Cuiabá, não é exclusivo das escolas que participaram das seletivas este ano. Estende-se, também, a toda a comunidade escolar da Baixada Cuiabana.





Fonte: Da Assessoria

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