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Internacional
Segunda - 22 de Maio de 2006 às 08:55

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PARIS - O general Philippe Rondot, considerado uma importante testemunha na investigação sobre o escândalo Clearstream, foi levado nesta segunda-feira à força aos dois juízes responsáveis pelo caso, que causou uma crise política na França.

Um grupo de policiais foi à casa de Rondot em Meudon, nos arredores de Paris, pouco antes das 8h (3h em Brasília), para levá-lo à força para depor aos dois juízes na unidade financeira do Palácio de Justiça de Paris.

Ex-assessor do ministro da Defesa para assuntos dos serviços secretos, Rondot, de 69 anos, se negou a comparecer na quinta-feira à convocação dos juízes instrutores Jean-Marie d´Huy e Henri Pons.

Os magistrados pediram e obtiveram da Promotoria a ajuda da polícia para forçar o general a comparecer à sessão desta segunda.

Os dois juízes impediram o advogado do general de estar presente no interrogatório, já que Rondot depõe como testemunha.

Rondot, que foi interrogado como testemunha pelos juízes em março, anunciou há uma semana que, se estes o obrigassem a depor de novo, não responderia às suas perguntas.

O general explicou que foi maltratado pelos juízes e denunciou o vazamento de suas declarações à imprensa, uma violação do caráter secreto do caso.

O general é visto como uma testemunha chave na parte "política" do escândalo, que atingiu o enfraquecido primeiro-ministro, Dominique de Villepin, e o presidente Jacques Chirac.

Em março, Rondot disse aos juízes que em 2004 Villepin, então ministro de Exteriores, tinha pedido a ele, instruído por Chirac, que investigasse listas enviadas à Justiça de supostos titulares de contas na sociedade luxemburguesa de pagamentos e compensação Clearstream. A investigação mostrou que as listas eram falsas.

Nas listas estava o nome do rival de Villepin e ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, que se considera vítima de uma maquinação para prejudicá-lo nas eleições presidenciais de 2007.

No entanto, há uma semana, Rondot afirmou à imprensa que Villepin "nunca" pediu a ele que investigasse Sarkozy ou outros políticos. O primeiro-ministro e Chirac negaram publicamente que tenham ordenado a investigação dos políticos.





Fonte: EFE

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