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Internacional
Domingo - 21 de Maio de 2006 às 23:40

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Os Estados Unidos não podem ser o "carcereiro" do mundo, mas também não podem fechar, por enquanto, o centro de detenções de sua base naval em Guantánamo (Cuba), afirmou hoje a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice. "Obviamente não queremos ser o carcereiro do mundo. Gostaríamos de poder fechar Guantánamo, porque isso todo o mundo quer", disse Rice, durante um programa da rede "Fox".

"Mas eu perguntaria, se fecharmos Guantánamo, o que aconteceria com as centenas de pessoas perigosas que foram detidas nos campos de batalha do Afeganistão, por seus vínculos com a Al Qaeda?", observou a secretária americana.

Segundo a chefe da diplomacia americana, o centro de detenções da base naval dos EUA em Guantánamo cumpre uma missão importante, porque "o presidente (George W. Bush) tem a obrigação de proteger" os Estados Unidos e seus aliados do terrorismo.

Rice criticou um relatório divulgado na sexta-feira por um comitê das Nações Unidas que denunciou os maus-tratos e as detenções indefinidas de supostos terroristas, além de ter pedido o fechamento das instalações dos EUA em Guantánamo.

"Teria sido útil se quem preparou o relatório tivesse ido a Guantánamo. É um pouco difícil fazer isso por controle remoto (...), teria sido útil se tivessem feito uma avaliação plena, porque as pessoas que viajam a Guantánamo vêem um panorama diferente", disse.

Acrescentou que houve muitas mudanças nos últimos anos, que o Pentágono deixou em liberdade "centenas" de detidos e que os EUA continuam trabalhando com outros Governos para repatriar mais presos a seus países de origem.

"Esta é uma guerra diferente", disse Rice, ao afirmar que os EUA não colocarão em liberdade pessoas que juraram matar mais americanos quando saírem da prisão.





Fonte: EFE

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