Repórter News - reporternews.com.br
Cinema independente americano fala de junk food e terrorismo
O cinema independente dos EUA, interessado no terrorismo, na luta contra a junk food, no tratamento desumano dado aos imigrantes ilegais e na cegueira estatal sobre a questão ecológica, ocupa lugar especial hoje na 59ª edição do Festival de Cannes.
Um dos momentos mais esperados deste quinto dia de Festival foi a pré-estréia de 20 minutos de "World Trade Center", de Oliver Stone, sobre os atentados de 11 de setembro de 2001.
O trecho do filme foi projetado em uma sessão especial, seguido de uma nova cópia de "Platoon", para comemorar o 20º aniversário de um dos filmes mais famosos de Stone.
Antes da pré-estréia, o cineasta americano anunciou que a projeção podia ser insatisfatória, pois se tratava de uma cópia de trabalho em alta definição, já que "o filme em 35 mm ainda está em processo".
O trecho exibido mostrou uma reconstrução cuidadosa do interior das Torres Gêmeas e o ambiente caótico nos arredores depois do impacto de dois aviões, e terminou no momento do desabamento. A fita de Stone tem estréia prevista para agosto nos EUA.
A Dreamworks, produtora de "Shrek" e "Madagascar", voltou hoje a Cannes, desta vez fora da competição, com a animação digital "Over the Hedge", de Tim Johnson e Karey Kirkpatrick.
Além de ser "uma diversão popular", o filme permite múltiplas leituras, pois lembra a sorte de quem tem uma família e um lugar onde morar, e recomenda a moderação com a comida e no uso dos recursos naturais do planeta.
Tudo isso visto através do olhar dos animais protagonistas, dublados por famosos como Bruce Willis, Nick Nolte, William Shatner, Clovis Cornillac, Eugene Levy e a cantora Avril Lavigne.
A animação divide as atenções do Festival com "Fast Food Nation", que estreou na sexta-feira pela mostra competitiva.
O diretor deste documentário de ficção, Richard Linklater, quis deixar mensagens claras: comer hambúrgueres é um perigo para a saúde, e a industrialização feroz estimula este tipo de alimentação e proporciona uma existência desagregável para os animais, assim como um trabalho ingrato para os que cuidam deles.
Neste caso, os imigrantes clandestinos mexicanos, explorados à vontade, são interpretados por atores latinos como a colombiana Catalina Sandino Moreno, o venezuelano Wilmer Valderrama e a mexicana Ana Claudia Talancón.
Com um prisma muito diferente e dentro da seleção oficial fora da competição, John Cameron Mitchell quis em "Shortbus" reconciliar as limitações da vida em Nova York "depois do 11 de setembro e sob as pressões de Bush" com a razão, os prazeres da carne e os desejos do coração.
O título é provocador e muito conhecido nos EUA, pois assim é chamado o ônibus escolar que recolhe as crianças com deficiências físicas ou mentais, incluindo os superdotados.
Os ataques de 11 de setembro serão evocados novamente na próxima sexta-feira com "United 93", de Paul Greengrass, sobre o vôo do Boeing 757 da United Airlines, cujos passageiros se rebelaram e evitaram a queda do avião contra a Casa Branca, para fazê-lo cair em uma floresta da Pensilvânia.
Neste ambiente de discussão, chegou a Cannes no último sábado - com uma rajada de otimismo e um alerta - o ex-vice-presidente americano Al Gore, para promover o documentário "An Inconvenient Truth", de Davis Guggenheim.
Al Gore, que disse em entrevista coletiva que nunca voltaria a se candidatar à Presidência dos EUA, pediu à comunidade internacional que atue urgentemente contra o aquecimento climático, que poderia antecipar o fim da humanidade.
Enquanto "Fast Food Nation" - inspirado no "best-seller" de Eric Schlosser - tenta alertar sobre as conseqüências de pequenos atos cotidianos, como comer um hambúrguer em um dos milhões de lanchonetes do mundo, "An Inconvenient Truth" de Al Gore propõe dez sugestões simples para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2).
Entre elas estão substituir as lâmpadas convencionais pelas fluorescentes, caminhar, andar de bicicleta e usar transporte público, reciclar mais, verificar os pneus, reduzir o consumo de água quente, e de produtos muito embalados, regular os termostatos, plantar uma árvore e desligar os eletrodomésticos quando não estiverem em uso, da televisão ao computador.
O trecho do filme foi projetado em uma sessão especial, seguido de uma nova cópia de "Platoon", para comemorar o 20º aniversário de um dos filmes mais famosos de Stone.
Antes da pré-estréia, o cineasta americano anunciou que a projeção podia ser insatisfatória, pois se tratava de uma cópia de trabalho em alta definição, já que "o filme em 35 mm ainda está em processo".
O trecho exibido mostrou uma reconstrução cuidadosa do interior das Torres Gêmeas e o ambiente caótico nos arredores depois do impacto de dois aviões, e terminou no momento do desabamento. A fita de Stone tem estréia prevista para agosto nos EUA.
A Dreamworks, produtora de "Shrek" e "Madagascar", voltou hoje a Cannes, desta vez fora da competição, com a animação digital "Over the Hedge", de Tim Johnson e Karey Kirkpatrick.
Além de ser "uma diversão popular", o filme permite múltiplas leituras, pois lembra a sorte de quem tem uma família e um lugar onde morar, e recomenda a moderação com a comida e no uso dos recursos naturais do planeta.
Tudo isso visto através do olhar dos animais protagonistas, dublados por famosos como Bruce Willis, Nick Nolte, William Shatner, Clovis Cornillac, Eugene Levy e a cantora Avril Lavigne.
A animação divide as atenções do Festival com "Fast Food Nation", que estreou na sexta-feira pela mostra competitiva.
O diretor deste documentário de ficção, Richard Linklater, quis deixar mensagens claras: comer hambúrgueres é um perigo para a saúde, e a industrialização feroz estimula este tipo de alimentação e proporciona uma existência desagregável para os animais, assim como um trabalho ingrato para os que cuidam deles.
Neste caso, os imigrantes clandestinos mexicanos, explorados à vontade, são interpretados por atores latinos como a colombiana Catalina Sandino Moreno, o venezuelano Wilmer Valderrama e a mexicana Ana Claudia Talancón.
Com um prisma muito diferente e dentro da seleção oficial fora da competição, John Cameron Mitchell quis em "Shortbus" reconciliar as limitações da vida em Nova York "depois do 11 de setembro e sob as pressões de Bush" com a razão, os prazeres da carne e os desejos do coração.
O título é provocador e muito conhecido nos EUA, pois assim é chamado o ônibus escolar que recolhe as crianças com deficiências físicas ou mentais, incluindo os superdotados.
Os ataques de 11 de setembro serão evocados novamente na próxima sexta-feira com "United 93", de Paul Greengrass, sobre o vôo do Boeing 757 da United Airlines, cujos passageiros se rebelaram e evitaram a queda do avião contra a Casa Branca, para fazê-lo cair em uma floresta da Pensilvânia.
Neste ambiente de discussão, chegou a Cannes no último sábado - com uma rajada de otimismo e um alerta - o ex-vice-presidente americano Al Gore, para promover o documentário "An Inconvenient Truth", de Davis Guggenheim.
Al Gore, que disse em entrevista coletiva que nunca voltaria a se candidatar à Presidência dos EUA, pediu à comunidade internacional que atue urgentemente contra o aquecimento climático, que poderia antecipar o fim da humanidade.
Enquanto "Fast Food Nation" - inspirado no "best-seller" de Eric Schlosser - tenta alertar sobre as conseqüências de pequenos atos cotidianos, como comer um hambúrguer em um dos milhões de lanchonetes do mundo, "An Inconvenient Truth" de Al Gore propõe dez sugestões simples para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2).
Entre elas estão substituir as lâmpadas convencionais pelas fluorescentes, caminhar, andar de bicicleta e usar transporte público, reciclar mais, verificar os pneus, reduzir o consumo de água quente, e de produtos muito embalados, regular os termostatos, plantar uma árvore e desligar os eletrodomésticos quando não estiverem em uso, da televisão ao computador.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/299602/visualizar/
Comentários