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Egito culpa Bush por "caos" no Oriente Médio
Criticado por Washington por sua repressão à oposição, o governo do presidente egípcio Hosni Mubarak contra-atacou acusando a política americana de promover o caos no Egito e no Oriente Médio.
Aproveitando-se da tribuna do Fórum Econômico Mundial em Sharm el-Sheikh, Mubarak, 78 anos, denunciou a política americana no Iraque, sobre o Irã e as reformas democráticas.
O presidente egípcio defendeu "o multilateralismo, o respeito à legitimidade internacional e a rejeição das ações unilaterais", em clara alusão à política praticada pelo governo de George W. Bush na região.
Sobre o problema nuclear, Washington aplica, segundo Mubarak, o princípio de "dois pesos, duas medidas" ao se focalizar no Irã e ao mesmo tempo ignorar Israel e seu arsenal atômico.
Em abril passado, o presidente Mubarak tinha afirmado que a intervenção americana no Iraque havia reforçado os xiitas em detrimento dos sunitas, beneficiando assim o Irã.
Irritado por uma salva de críticas americanas, ele rejeitou asperamente as lições de democracia de Washington. Segundo ele, a aceleração das reformas no Egito e no mundo árabe levaria somente "ao caos".
O primeiro-ministro egípcio, Ahmed Nazif, chegou a afirmar que a democracia hoje não permitia senão levar os radicais islâmicos ao poder.
"Quando o processo começa, algumas coisas acontecem. pode-se ver, por exemplo, os islamitas ganharem força no Parlamento aqui, na Palestina e no Iraque. Por isso, começamos a reavaliar o que acontece", declarou.
A confraria islâmica dos Irmãos Muçulmanos, oficialmente proibida, se tornou a principal força de oposição no Egito. Em se tratando das reformas democráticas, a mensagem do regime egípcio é clara: não há pressa. "Esse processo não levará um mês, ou dois, ou seis, mas vários anos", ressaltiu Nazif.
O governo egípcio adiou para 2008 as eleições municipais previstas para o início deste ano para evitar que os Irmãos Muçulmanos ganhem novas cadeiras no Parlamento. Além disso, as autoridades prorrogaram por mais dois anos o estado de emergência, imposto desde 1981.
As críticas contra o regime de Mubarak se intensificaram com a repressão brutal de um movimento de apoio a dois juízes que haviam denunciado fraudes nas eleições legislativas de 2005 e com a não libertação do líder da oposição, Ayman Nour.
Os Estados Unidos qualificaram a prisão de Nour de "erro judicial", e criticaram a repressão às manifestações.
O presidente egípcio defendeu "o multilateralismo, o respeito à legitimidade internacional e a rejeição das ações unilaterais", em clara alusão à política praticada pelo governo de George W. Bush na região.
Sobre o problema nuclear, Washington aplica, segundo Mubarak, o princípio de "dois pesos, duas medidas" ao se focalizar no Irã e ao mesmo tempo ignorar Israel e seu arsenal atômico.
Em abril passado, o presidente Mubarak tinha afirmado que a intervenção americana no Iraque havia reforçado os xiitas em detrimento dos sunitas, beneficiando assim o Irã.
Irritado por uma salva de críticas americanas, ele rejeitou asperamente as lições de democracia de Washington. Segundo ele, a aceleração das reformas no Egito e no mundo árabe levaria somente "ao caos".
O primeiro-ministro egípcio, Ahmed Nazif, chegou a afirmar que a democracia hoje não permitia senão levar os radicais islâmicos ao poder.
"Quando o processo começa, algumas coisas acontecem. pode-se ver, por exemplo, os islamitas ganharem força no Parlamento aqui, na Palestina e no Iraque. Por isso, começamos a reavaliar o que acontece", declarou.
A confraria islâmica dos Irmãos Muçulmanos, oficialmente proibida, se tornou a principal força de oposição no Egito. Em se tratando das reformas democráticas, a mensagem do regime egípcio é clara: não há pressa. "Esse processo não levará um mês, ou dois, ou seis, mas vários anos", ressaltiu Nazif.
O governo egípcio adiou para 2008 as eleições municipais previstas para o início deste ano para evitar que os Irmãos Muçulmanos ganhem novas cadeiras no Parlamento. Além disso, as autoridades prorrogaram por mais dois anos o estado de emergência, imposto desde 1981.
As críticas contra o regime de Mubarak se intensificaram com a repressão brutal de um movimento de apoio a dois juízes que haviam denunciado fraudes nas eleições legislativas de 2005 e com a não libertação do líder da oposição, Ayman Nour.
Os Estados Unidos qualificaram a prisão de Nour de "erro judicial", e criticaram a repressão às manifestações.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/299745/visualizar/
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