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Internacional
Domingo - 21 de Maio de 2006 às 10:36

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A tripulação do VO70 espanhol Movistar abandonou a embarcação hoje às 8h de Brasília, quando se encontrava a 307 milhas (568 km) de terra firme, e foi resgatada em botes salva-vidas pelo barco holandês ABN Amro 2, do francês Sebastián Jossé. Agora, ambas as tripulações estão juntas a bordo do ABN Amro 2, que está passando por um momento difícil depois da morte de seu tripulante Hans Horrevoets, cujo cadáver ainda não pôde ser levado à terra firme. A equipe do segundo barco holandês deu uma lição de comaradagem ao decidir não seguir adiante na etapa para prestar ajuda ao barco espanhol, com quem esteve navegando lado a lado durante as últimas 15 horas.

O estado do mar é muito agitado, embora o vento tenha diminuído para sete nós (12 km/h) de intensidade. Isto fez com que a passagem da tripulação de um barco para outro fosse mais fácil.

O boletim meteorológico anuncia para as próximas seis horas a chegada de uma frente de baixas pressões com ventos de 40 a 50 nós (72 a 90 km/h) de intensidade e ondas de 9 a 11 metros nesta área de navegação.

Isto antecipou a decisão de transferir a tripulação do Movistar para o barco holandês, uma vez que a embarcação espanhola não oferece segurança devido aos danos estruturais sofridos em sua quilha pivotante, provavelmente incapaz de agüentar as extremas condições climatológicas que são esperadas para as próximas horas.

A Marinha Real britânica respondeu imediatamente à situação de emergência e a patrulha de resgate marítimo HMS Mersey deixou Milford Haven, ao Sul de Gales, para encontrar a embarcação holandesa.

O barco da Marinha inglesa deve encontrar-se com o ABN Amro 2 em oito horas, enquanto o patrão do barco holandês, Sebastian Jossé decidiu rumar para a costa.

Comida e utensílios pessoais foram transferidos junto à tripulação do Movistar ao ABN Amro 2, que está equipado com duas balsas salva-vidas para 10 pessoas cada uma. O barco espanhol foi abandonado com seu gerador e seu sistema de comunicações Inmarsat Satcom C em andamento, por isso será monitorado a todo momento.

Pedro Campos, diretor da equipe espanhola, visivelmente consternado, disse: "Está sendo o momento mais duro de toda minha carreira desde que perdemos, em 1999, Martín Wizner treinando para a Copa América em Valência." "Ao longo desta noite interminável meus pensamentos estavam com a tripulação e suas famílias, com os quais falei, e a decisão desta manhã de abandonar o barco, embora dura para qualquer atleta, era a única que devíamos tomar, porque acima de tudo estão as pessoas e suas famílias", acrescentou Campos.

Campos se dirigiu ainda à tripulação e ao patrocinador com as seguintes palavras: "Quero agradecer à tripulação por seu excepcional comportamento a todo momento e a nossos patrocinadores pelo total apoio que nos estão dando nas difíceis decisões que tivemos que tomar".





Fonte: Terra

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