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Polícia Brasil
Domingo - 21 de Maio de 2006 às 08:35

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A polícia tenta localizar um assaltante que está provocando pânico a profissionais da área de saúde. Ele teria praticado mais de 10 assaltos desde o início do ano, todos de forma semelhante. Liga para uma clínica – odontológica, veterinária ou médica – marcando uma consulta. Ao chegar para ser atendido, saca um revólver e rende várias pessoas tomando dinheiro, telefone celular e outros pertences. Num dos roubos, o assaltante fugiu de táxi e mandou o motorista cobrar da clínica assaltada.

Segundo o delegado Marcos Alvarez, da Delegacia do Complexo do Verdão, o assaltante ataca principalmente mulheres cujo poder de reação é menor. Pela Delegacia, estão sendo investigados três roubos, ocorridos desde o início do ano, em consultórios localizados no centro da Capital.

De acordo com as investigações, as vítimas são funcionários e clientes de uma clínica de vacinação, um consultório odontológico no bairro Bandeirantes e um consultório médico localizado no 16o andar de um prédio comercial. Os demais estão sendo investigados por outras Delegacias, mas algumas vítimas, temendo publicidade negativa, nem registraram queixa.

“Temos casos de várias pessoas assaltadas num consultório, mas no registro, aparece somente uma ou duas. Com isso, fica difícil até fazer o reconhecimento e aumentar o número de vítimas, o que é um agravante para o ladrão”, explicou um policial.

Os policiais acreditam que o assaltante seja o mesmo nos três roubos investigados pelo Verdão. Trata-se de um homem alto, moreno e bem vestido, o que não leva as vítimas a desconfiar. “Pelo menos as vítimas descrevem o assaltante de forma semelhante”, explicou o delegado. Diante dos detalhes, o delegado pretende fazer um retrato-falado do suspeito.

No entendimento dos policiais, o fato do assaltante agir sozinho dificulta a sua localização. Explicam que, quando a ação acontece em dupla, trio ou bando, sempre um é localizado. “Mas um sozinho é sempre mais difícil porque as pistas são menores”, admitiu um policial que participa das investigações.

O assaltante usa sempre a mesma estratégia. Chega ao consultório querendo marcar uma consulta. Alega sempre que é uma questão de urgência. Por estar bem vestido e falar de maneira calma, desarma qualquer desconfiança por parte da atendente.

Para o delegado, escolher mulheres como vítimas faz parte da estratégia do assaltante, pois sabe que elas dificilmente vão reagir. Outra característica é sua frieza. Num dos roubos, o assaltante ficou na fila para ser atendido. Após uma hora sentado no sofá do setor de espera, sacou um revólver e roubou pertences de vários clientes.

No assalto à clínica de vacinação, localizada na avenida Rubens de Mendonça, o ladrão rendeu vários funcionários e levou o dinheiro do caixa. Antes de sair, os trancou numa sala. Na seqüência, ainda tomou um taxi em direção ao bairro Goiabeiras. Ao terminar a corrida, falou para o taxista cobrar da clínica. “E ainda por cima, é um grande gozador”, observou o delegado.





Fonte: Diário de Cuiabá

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