Mudança no perfil de consumo altera conceito

Na avaliação dos economistas, os últimos anos foram marcados por uma mudança de hábito no consumo da população.

“Há alguns anos, os trabalhadores assalariados não pensavam em ter um telefone celular no bolso, muito menos o acesso à Internet. Há uma série de custos que foram imputados como necessários e que, à época, não existiam. Isso modifica o conceito de custo de vida, uma vez que antigamente as pessoas moravam na periferia das cidades e agora têm expectativas que antes não tinham”, analisa o economia Manuel Martha.

Segundo ele, essas mudanças trouxeram melhoria na qualidade de vida da população, induzindo os trabalhadores para o consumo de bens que eram considerados supérfluos. “Houve uma mudança subjetiva na qualidade de vida dos trabalhadores, que viviam em chácaras e residências com terrenos abertos. Atualmente, muitos migraram para os condomínios e apartamentos”.

RENDA -- Para o economista Adriano Figueiredo, doutor em Economia Aplicada pela Universidade de Viçosa (MG), a atual política salarial redistribui renda.

“É uma política que valoriza a classe de renda mais baixa. É verdade que dificulta um pouco para os empregadores, mas contempla os menos favorecidos, permitindo que eles consumam bens de consumo imediato, como alimentação e vestuário”.(MM)