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Economia
Domingo - 21 de Maio de 2006 às 08:32

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Traçando uma linha paralela entre o poder de compra do salário mínimo e o aumento do custo de vida em Cuiabá, por exemplo, observa-se que quando o mínimo era de R$ 120, há oito anos (1998), o trabalhador despendia 72% do seu ganho com a aquisição de uma cesta básica, que custava R$ 86,90. Com o salário da época, o trabalhador comprava 1,38 cesta. As informações são do Núcleo de Pesquisas Econômicas da Universidade Federal de Mato Grosso (Nupes/UFMT).

Em 2000, a cesta básica passou a custar R$ 95,97, sendo reajustada no período de dois anos em 10,43%. Enquanto isso, o salário mínimo saltou 25% em igual período, passando a valer R$ 151. Este salário permitia ao trabalhador adquirir 1,59 cesta.

Em 2002, o custo da cesta básica pulou para R$ 124,63 (aumento de 42,69% em relação ao valor de 98). Já o salário mínimo foi reajustado para R$ 200, com um incremento de 66,66% no mesmo período. A cesta passou a consumir apenas 62% do salário, ou seja, 10% a menos que o valor despendido pelo trabalhador há oito anos. E, com o salário de R$ 200, o trabalhador comprava à época 1,61 cesta.

Em 2004, o salário mínimo passou a valer R$ 240 e, a cesta básica, R$ 151,23.

Em 2006, finalmente, a cesta passou a custar R$ 156,23 para o trabalhador, majoração de apenas 3,31% em relação a 2005. Já o salário mínimo saltou de R$ 300 para R$ 350, com reajuste de 16,66%. No período de oito anos (1998 a 2006), a cesta básica foi majorada em 79,31%, enquanto o mínimo sofreu reajuste de 191,66%.

Na última comparação, constata-se que, enquanto em 1998 o trabalhador adquiria 1,38 cesta básica com salário mínimo de R$ 120, hoje ele compra quatro cestas com a remuneração de R$ 350.

HORAS TRABALHADAS -- A pesquisa do Nupes/UFMT aponta também o número de horas de trabalho necessárias para adquirir uma cesta básica em Cuiabá. Num período de oito anos -- abril/98 a abril de 2006 -- o número de horas trabalhadas para adquirir uma cesta básica sofreu uma redução de 40%, o que também é um indicador da recomposição da classe assalariada. Em abril de 98, o assalariado tinha que trabalhar 159 horas para comprar uma cesta. Em abril deste ano, este número caiu para 95 horas.





Fonte: Diário de Cuiabá

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