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Economia
Domingo - 21 de Maio de 2006 às 08:31

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A pesquisa mensal para apuração do Índice de Custo de Vida de Cuiabá (ICV) foi realizada pelo Núcleo de Pesquisa Econômicas da Universidade Federal de Mato Grosso até o final de 2004 e parou por falta de recursos.

“Não havia financiamento para a pesquisa e, por isso, tivemos que interromper o trabalho”, explica o professor Adriano Figueiredo.

Ele lembra que havia necessidade de modernização na sistemática de levantamento de preços, bem como mais estudantes para desenvolver a pesquisa.

“Na época, a pesquisa tinha um custo estimado em cerca de R$ 30 mil. E, mesmo assim, não foi possível continuar o trabalho porque a instituição (UFMT) alegou falta de dinheiro”.

O levantamento de preços era feito semanalmente por cerca de 20 alunos do curso de Economia da UFMT. A pesquisa mostrava a variação do custo de vida em Cuiabá e Várzea Grande, por meio da coleta de preços nos principais pontos de comércio da cidade - como supermercados, feiras, açougues, bares, restaurantes e farmácias – e era divulgada mensalmente. A pesquisa era tida como o principal referencial para se mensurar a inflação e deflação sobre o custo de vida da Grande Cuiabá.

Na avaliação do ex-coordenador do Nupes, agora esta pesquisa não teria como ser feita por menos de 40 alunos, pois Cuiabá cresceu muito nestes últimos anos.

“Para se ter uma idéia, quando a pesquisa começou a ser feita tínhamos pouco mais de 100 mil habitantes. Atualmente, a população passa de meio milhão de habitantes e a realidade é bem diferente”, lembra o professor.

Estima-se que um novo projeto ficaria em torno de R$ 150 mil, mais R$ 20 mil para manutenção mensal da pesquisa.

O professor do Departamento de Economia e também ex-coordenador do Nupes, Manoel Martha, diz que não há previsão para a retomada da pesquisa. “É um projeto que, para a UFMT, não tem viabilidade a curto prazo, pois a pesquisa é cara e até agora não há quem se prontifique a realizá-la”.

Para o professor, quem deveria fazer este trabalho é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que faz o levantamento em algumas regiões metropolitanas do País e não inclui Mato Grosso.(MM)




Fonte: Diário de Cuiabá

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