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Salário Mínimo está Melhor, mas ainda não é ideal
Apesar de estar ainda bastante distante do primeiro valor da época em que foi criado -- 1940, no governo Getúlio Vargas -- o salário mínimo brasileiro vem apresentando recuperação gradual, sinalizando um quadro de estabilidade no processo de ganho real do poder aquisitivo da população. Essa tendência vem sendo observada desde o momento em que o governo federal conseguiu controlar o processo inflacionário, na segunda metade da década de 80.
A primeira ofensiva do governo federal contra a inflação ocorreu em 1986, com a implantação do Plano Cruzado e a criação de uma nova moeda no país, o Cruzado.
Depois o governo federal perdeu o controle da política econômica e a inflação voltou a disparar. Criou-se então o Cruzado Novo, na tentativa de conter a escalada de preços.
O “tiro de misericórdia” veio em 1994, com a criação do Plano Real pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.
A partir daí, a inflação entrou em queda livre no Brasil, chegando em alguns momentos a registrar índices negativos de reajuste de preços, a chamada “deflação”.
“Sem dúvida, houve uma melhora significativa no poder de compra da população nestes últimos dois anos. O crescimento real do salário mínimo foi maior que a inflação do período”, analisa o professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e doutor em Economia Aplicada pela Universidade de Viçosa (MG), Adriano Rodrigues Figueiredo.
Para ele, houve uma recomposição gradual do salário mínimo em cima da inflação. “Contudo, se considerarmos todas as necessidades básicas de um trabalhador, como alimentação, vestuário, transporte e medicamentos, chegamos à conclusão de que o atual salário ainda é insuficiente para que ele sustente e viva dignamente com a sua família”, diz o economista.
Ex-coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da UFMT e professor de Economia, Manuel Martha concorda que, de fato, o trabalhador vem recuperando o seu poder de compra com o salário mínimo. “Atualmente, o trabalhador consegue comprar mais de duas cestas básicas com um salário mínimo, o que não ocorria há alguns anos. Este é um termômetro da recomposição salarial. É um fato!”, exclama.
O economista diz que esse ganho se deu em função da deflação registrada no período. “Se fôssemos, por exemplo, corrigir o salário de 1940 para os dias atuais, o salário mínimo teria que estar em torno de R$ 1,5 mil”, calcula o Manuel.
Segundo ele, o governo federal tem feito uma política que permite uma manutenção dos bens essenciais, como alimentação. “O que não está se conseguindo é controlar os preços da energia e das tarifas públicas”, que tem peso importante no custo de vida da população.
Para o economista Marcos Pessoa, também da UFMT, o poder de compra sofreu uma recuperação devido à desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos produtos que compõem a cesta básica, instituída pelo atual governo Estadual.
A primeira ofensiva do governo federal contra a inflação ocorreu em 1986, com a implantação do Plano Cruzado e a criação de uma nova moeda no país, o Cruzado.
Depois o governo federal perdeu o controle da política econômica e a inflação voltou a disparar. Criou-se então o Cruzado Novo, na tentativa de conter a escalada de preços.
O “tiro de misericórdia” veio em 1994, com a criação do Plano Real pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.
A partir daí, a inflação entrou em queda livre no Brasil, chegando em alguns momentos a registrar índices negativos de reajuste de preços, a chamada “deflação”.
“Sem dúvida, houve uma melhora significativa no poder de compra da população nestes últimos dois anos. O crescimento real do salário mínimo foi maior que a inflação do período”, analisa o professor do Departamento de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e doutor em Economia Aplicada pela Universidade de Viçosa (MG), Adriano Rodrigues Figueiredo.
Para ele, houve uma recomposição gradual do salário mínimo em cima da inflação. “Contudo, se considerarmos todas as necessidades básicas de um trabalhador, como alimentação, vestuário, transporte e medicamentos, chegamos à conclusão de que o atual salário ainda é insuficiente para que ele sustente e viva dignamente com a sua família”, diz o economista.
Ex-coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da UFMT e professor de Economia, Manuel Martha concorda que, de fato, o trabalhador vem recuperando o seu poder de compra com o salário mínimo. “Atualmente, o trabalhador consegue comprar mais de duas cestas básicas com um salário mínimo, o que não ocorria há alguns anos. Este é um termômetro da recomposição salarial. É um fato!”, exclama.
O economista diz que esse ganho se deu em função da deflação registrada no período. “Se fôssemos, por exemplo, corrigir o salário de 1940 para os dias atuais, o salário mínimo teria que estar em torno de R$ 1,5 mil”, calcula o Manuel.
Segundo ele, o governo federal tem feito uma política que permite uma manutenção dos bens essenciais, como alimentação. “O que não está se conseguindo é controlar os preços da energia e das tarifas públicas”, que tem peso importante no custo de vida da população.
Para o economista Marcos Pessoa, também da UFMT, o poder de compra sofreu uma recuperação devido à desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos produtos que compõem a cesta básica, instituída pelo atual governo Estadual.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/299826/visualizar/
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