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Internacional
Domingo - 21 de Maio de 2006 às 07:30

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O vice-primeiro-ministro israelense, Shimon Peres, e a ministra de Exteriores, Tsipi Livni, vão se reunir neste domingo com o presidente palestino Mahmoud Abbas, no âmbito da Conferência Econômica Regional, no Egito. Será a primeira conferência de personalidades israelenses com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) desde que o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) ganhou as eleições de 25 de janeiro na Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental, o que levou ao Governo o primeiro-ministro Ismail Haniyeh.

Meios oficiais de Israel esclareceram à imprensa que se trata, por enquanto, de uma "simples conversa", e não de um reatamento das estagnadas negociações de paz.

Em declarações à rádio pública, antes de voar à localidade de Sharm el-Shej, Peres disse que o Governo do primeiro-ministro Ehud Olmert deve retomar as negociações de paz com Abbas depois da visita que começará nesta segunda-feira nos Estados Unidos, onde passará seis horas com o presidente George W. Bush.

Olmert, precisamente, a menos de um mês de assumir o poder exporá nesta terça-feira a Bush seus principais objetivos, como o da retirada militar e de dezenas de assentamentos judaicos da Cisjordânia ocupada, o que permitirá o estabelecimento de um estado palestino.

Além desse programa, conhecido como "plano da convergência", também estará no centro das conversas de Bush com Olmert a coordenação mútua em relação à crise do Irã. Peres disse à emissora que Olmert vai se reunir com o presidente Abbas em seu retorno para examinar a possibilidade de retomar as negociações de paz.

"Se vocês perguntarem a mim, é preciso retomar as negociações", disse o octogenário ex-líder do partido Trabalhista, agora segundo de Olmert no Partido de centro Kadima. Mas ponderou que "temos que coordenar posições com os Estados Unidos".

Na reunião de hoje com o presidente palestino "não negociaremos, conversaremos", esclareceu Peres.

Acredita-se que os ministros israelenses comunicarão a Abbas a decisão que o Gabinete Nacional deve adotar esta manhã a proposta do ministro da Defesa, Amir Peretz, que recomenda a transferência à ANP de 50 milhões de "shekel" - cerca de US$ 12 milhões - em conceito de ajuda humanitária.

Após a ascensão ao poder do Hamas no final de março, Israel parou de transferir US$ 50 milhões mensais que recebe como agente de retenção de impostos da ANP, e cessou todos os seus contatos com Abbas, por não reconhecer o Governo do Hamas.

Peres assegurou à emissora israelense que a negociação da retirada israelense da Cisjordânia e a fixação da fronteira entre Israel e um futuro estado palestino é prioritária, não uma retirada unilateral, que "será o último recurso".

A base das negociações de paz, se forem retomadas, será o Mapa do Caminho do Quarteto de Madri, que inclui os EUA, a União Européia (UE), a Rússia e a ONU. Trata-se de um documento de 2003 que, em princípio, foi aprovado pelos Governos da ANP e de Israel.





Fonte: EFE

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