Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Domingo - 21 de Maio de 2006 às 04:10

    Imprimir


O ex-presidente peruano Alberto Fujimori afirmou neste sábado que está avaliando a possibilidade de se recandidatar à presidência do Peru em 2011, em entrevista a agências de notícias em Santiago.

"Eu teria de avaliar, mas antecipo que o 'fujimorismo' assim como está agora vivo e forte vai continuar crescendo", disse, em sua confortável residência no elegante bairro de Las Condes, no leste de Santiago, 48 horas depois de ser liberado sob fiança.

"O 'fujimorismo' está em todo o Peru mais vivo do que nunca", frisou o ex-presidente, de 67 anos.

"Não posso adiantar mais nada porque eu tenho, de certa forma, uma atitude concreta, um enfoque realista e, então, quando eu tiver que voltar ao Peru, eu direi 'aqui estou'", acrescentou.

No entanto, Fujimori negou que esteja pensando em se candidatar para prefeito de Lima nas próximas eleições municipais, em novembro. "Isto eu descarto totalmente", destacou.

O ex-presidente negou também todas as acusações que pesam contra sua pessoa, mas disse que assume "a responsabilidade política".

Estas acusações levaram o governo do presidente Alejandro Toledo a pedir sua extradição. Com isso, Fujimori ficou preso no Chile em 7 de novembro ao chegar de surpresa ao país, mas quinta-feira passada obteve liberdade provisória, até o fim do julgamento de seu processo.

"Estou pagando um altíssimo preço por esta responsabilidade política: vivi cinco anos no Japão e aqui, seis meses em reclusão, mas estou assumindo felizmente esta responsabilidade política", disse.

"Tenho minha consciência tranqüila. Atuei corretamente em minha função de presidente da República, respeitei os direitos universais, entre eles os Direitos Humanos, e não tenho absolutamente nada a ver com estas acusações de enriquecimento ilícito", declarou.

Fujimori, presidente de 1990 a 2000 no Peru, não quis comentar a disputa do segundo turno das eleições presidenciais no país, em quatro de junho, entre o candidato nacionalista Ollanta Humala e o social democrata Alan García.

No entanto, antecipou que o "fujimorismo" romperá nos próximos dias a neutralidade e através de sua filha Keiko -congressista-eleita no Peru- entregará uma definição.

"Minha filha vai dar uma opinião sobre o fujimorismo" (...) um pouco mais perto da data do segundo turno", anunciou.





Fonte: AFP

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/299837/visualizar/