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Polícia Brasil
Sábado - 20 de Maio de 2006 às 13:20

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concluiu ontem o cumprimento da liminar para o desbloqueio total da BR-163 em Sorriso. Mas o clima de tensão voltou a esquentar ontem, com a queima de pneus sobre a rodovia para impedir o tráfego. Os responsáveis ainda não foram identificados pela polícia. Apesar da ação policial, a estratégia de barricadas deve continuar até quinta-feira (25) no Estado, data em que o presidente Lula promete anunciar um pacote de medidas estruturais ao setor agrícola.

Os 3 produtores e 2 motoristas presos em Sorriso foram liberados às 5h da manhã de ontem pela Polícia Federal (PF). Eles passaram a noite em interrogatórios na sede da superintendência da PF, em Cuiabá. Os manifestantes foram presos na tarde de quinta-feira (18), em Sorriso, após tentarem impedir o desbloqueio da BR-163 com descarregamento de soja sobre a pista e discussões com os policiais. Uma bomba de efeito moral e tiros ao alto foram usados para dispersar a confusão.

Os produtores e caminhoneiros responderão pelo crime de desobediência à ordem judicial. A pena prevista no artigo 330 do Código Penal para esses casos é de 15 dias a 6 meses de prisão. O inquérito contendo os autos de flagrante serão encaminhados à Justiça Federal na próxima semana, que dará encaminhamento à ação.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) criticou ontem a ação dos policiais. Eles teriam agredido e submetido os manifestantes presos a humilhações durante o deslocamento entre Sorriso e Cuiabá. A entidade promete recorrer à Justiça com um pedido de indenização contra a PRF e os policiais envolvidos na operação. A Polícia Rodoviária se recusou a comentar o assunto.

"Fomos pegos para Cristo. Fomos crucificados para intimidar o movimento", declara o agricultor Ângelo Bordignon. Também foram presos Sidnei Menegati, Valter Coquemala Neto, Agenor Fiorentin e Olinto Artini. De acordo com a PRF, bombeiros foram acionados para apagar o incêndio ontem na BR-163. Em Sinop a desocupação foi pacífica, mas lideranças se reúnem hoje para definir os rumos do Grito do Ipiranga no município. Pelo menos 120 carretas de grãos estavam paradas na cidade há mais de 20 dias.





Fonte: Gazeta Digital

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